Hoje, celebramos o Dia Internacional da Mulher, um momento significativo para refletir sobre as conquistas e as lutas das mulheres ao longo da história. Ao pensar em quais mulheres gostaria de homenagear, várias figuras importantes surgem em minha mente, cada uma representando força e resistência. Entre elas, destaco minha avó, minha bisavó e, especialmente, minha mãe, Francisca Vânia, que é um exemplo inspirador. Além delas, muitas outras mulheres que escolheram lutar pela vida e por seus ideais também vêm à lembrança, incluindo pioneiras revolucionárias como Olga Benário Prestes. Não posso deixar de mencionar a ministra da Cultura, Margareth Menezes, e a secretária de Cultura de Fortaleza, Helena Bezerra. A lista de mulheres admiradas é extensa, mas o que mais me impressiona é que essas mulheres não se enquadram em estereótipos de fragilidade; elas são belíssimas, poderosas e verdadeiras guerreiras em suas jornadas.
Minha mãe, em particular, encarna essa força inabalável. Ela desafiou normas sociais ao buscar educação enquanto muitos ao seu redor afirmavam que uma mulher que estuda após o casamento não estaria fazendo a escolha correta. Para frequentar a escola, não hesitava em atravessar uma lagoa com livros na cabeça, além de caminhar, por vezes, até sete quilômetros a pé. Tudo isso enquanto gerenciava as responsabilidades do lar, assegurando que a alimentação estivesse pronta, a roupa lavada e a casa arrumada para nós, seus filhos, e meu e meu pai.
Ela é a mulher que, em momentos de ameaça, se transformou em uma verdadeira leoa para nos proteger, colocando-nos atrás de si quando invasores se aproximavam, empunhando uma antiga espingarda para intimidá-los. Além disso, recordo com carinho de seu empenho em organizar festas e eventos para ajudar a cobrir as despesas do lar, sempre impondo respeito e dignidade em cada situação. Minha mãe começou sua trajetória como professora com apenas treze anos, despertando em nós a importância do conhecimento, acordando-nos às 4 da manhã para estudar. Ela sempre nos lembrava que, para que nosso futuro fosse diferente, precisaríamos buscar oportunidades e nos esforçar.
A mulher que eu admiro é uma verdadeira heroína, que enfrentou uma sociedade marcada pelo machismo e desafiou as normas estabelecidas. Essas mulheres são não só belas em sua força, mas também resilientes em suas fragilidades. Neste Dia Internacional da Mulher, quero prestar homenagem a todas as mulheres que, com coragem e determinação, continuam a lutar por seus sonhos e direitos. É fundamental lembrar que o melhor lugar para uma mulher é onde ela deseja estar, e que cada uma delas merece ser celebrada por suas conquistas e por sua luta incansável.
Valber Oliveira
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