Em 2024, um dado chama a atenção: cerca de 21 milhões de brasileiras foram vítimas de violência, e 91% dos casos foram presenciados por terceiros, segundo pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e Instituto Datafolha. Cenário que reforça a necessidade de envolver a sociedade no combate à violência contra a mulher e de destacar a existência de órgãos de defesa e proteção. Para fortalecer essa política na Capital, a Procuradoria Especial da Mulher iniciou, nesta quinta-feira, 13, ações nos terminais de ônibus, começando pelo Terminal da Parangaba, local que tem registrado o maior número de casos de importunação sexual no transporte público.
Com uma programação voltada para a divulgação de direitos e das formas de violência que as mulheres enfrentam diariamente, a Procuradoria levou serviços de apoio jurídico, assistencial e de saúde, contando com o apoio do Centro de Referência da Mulher Francisca Clotilde, da Etufor, que dispõe do aplicativo Nina, e da Casa Lilás. “Estamos em uma ação conjunta com os órgãos de defesa da mulher, o Centro de Referência Francisca Clotilde, a RIMA, a Etufor e a Casa Lilás. Todos juntos em uma campanha de conscientização, mostrando para a população a importância de compreender os tipos de violência que existem, tipificar a violência doméstica, saber quando a mulher está sendo importunada, que a importunação sexual é crime e que, depois do ‘não’, tudo é importunação”, destacou a procuradora Especial da Mulher, vereadora Professora Adriana Almeida (PT).
E por que os terminais de ônibus? Além do grande fluxo de pessoas nesses locais, outro dado chama a atenção: o número de mulheres que sofrem assédio no transporte público. “Infelizmente, essa realidade no transporte público é muito gritante em relação aos assédios. O Terminal da Parangaba é um dos locais com mais casos registrados e, por isso, nesta quinta-feira, estamos neste terminal. Depois, seguiremos para o Terminal do Antônio Bezerra (20/03) e para o Terminal do Papicu (27/03). Também levaremos a ação para outros locais, como feiras livres, escolas e outros terminais, para conscientizar a população sobre a importância de garantir segurança às mulheres, combater a violência e a importunação”, reforçou a procuradora Especial da Mulher.
A parlamentar fala sobre os diversos relatos de mulheres assedias e que muitas vezes não conseguem identificar a importunação e que acabam não denunciando os casos de violação. “Infelizmente são muito mulheres assedias no transporte público, e agente precisa combater isso e sempre que ela se sentir ameaçada que ela denuncie, porque ela precisa denunciar”.
Professora Adriana destacou os diversos relatos de mulheres assediadas que, muitas vezes, não conseguem identificar a importunação e acabam não denunciando os casos de violação. “Infelizmente, muitas mulheres são assediadas no transporte público, e precisamos combater isso. Sempre que uma mulher se sentir ameaçada, ela deve denunciar, pois é essencial que ela faça a denúncia”.
A Procuradoria Especial da Mulher conta com uma equipe multiprofissional para acolher as vítimas de violência, como reforçou a Professora Adriana Almeida. Com psicóloga, assistente social e advogada, o núcleo atua na orientação das mulheres e as direciona aos órgãos responsáveis.
???? Serviço
Procuradoria Especial da Mulher
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Telefone: (85) 3444-8452 (WhatsApp)
Horário de funcionamento: 8h às 17h
Foto: Luciano Melo
Repórter: Adriana Albuquerque
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