O prefeito de Potiretama, Luan Dantas (PP), foi preso na manhã desta quinta-feira (3), em uma operação policial no interior do Ceará.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), o político é suspeito de integrar uma organização criminosa e foi encaminhado para a Delegacia Municipal de Alto Santo, onde os "devidos procedimentos foram realizados".
Entramos em contato com o Ministério Público do Ceará (MPCE) para saber se o órgão acompanhou a ocorrência, mas foi informado que a operação foi exclusiva da Polícia Civil. A SSPDS, no entanto, não forneceu outros detalhes sobre os trabalhos.
À reportagem, a defesa do prefeito, representada pelo advogado Pedro Neto, nega que o cliente fora detido por envolvimento com crime organizado, mas afirma que foi, na verdade, por delito de incêndio criminoso. O jurista detalha que não teve acesso à íntegra do procedimento.
"Os fundamentos da prisão são fruto de denúncias, sem lastro probatório algum, formuladas por opositores políticos. Sua inocência não será maculada por essa perseguição política", argumenta.
Embora a Polícia não tenha explicado o envolvimento do prefeito com uma organização criminosa, apuramos que, em abril do ano passado, a Procuradoria dos Crimes Contra a Administração Pública do MPCE fez uma operação em conjunto com a Polícia Civil em desfavor do político.
Na ocasião, uma arma de fogo foi encontrada em uma das residências do político, mas o pai dele assumiu a propriedade da arma.
Contudo, na sede da Prefeitura de Potiretama, a Polícia encontrou diversas munições, e recebeu informações de que o prefeito teria sido alertado sobre a operação e tentado fugir com mais três armas de fogo. Além disso, os investigadores estavam apurando denúncias anônimas que apontavam o envolvimento do gestor com o crime organizado.
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