A Receita Federal realizou, entre os dias 19 e 21 de abril, três apreensões do medicamento Mounjaro no Aeroporto Internacional de Fortaleza. Ao todo, foram confiscadas 302 canetas do fármaco, utilizado no tratamento de diabetes tipo 2, mas que vem sendo amplamente procurado por seu efeito colateral de redução de peso.
As apreensões ocorreram em voos nacionais e internacionais, em operações de fiscalização realizadas durante o último feriadão.
A primeira apreensão aconteceu no sábado (19), quando um passageiro que desembarcava de um voo doméstico vindo do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, foi flagrado transportando 200 canetas do medicamento sem qualquer tipo de declaração ou autorização sanitária.
No domingo (20), outro passageiro, desta vez em um voo da Air France vindo da Holanda, tentava entrar com 45 canetas escondidas no forro da mala.
Já na segunda-feira (21), os fiscais identificaram uma passageira que desembarcava de Portugal, em voo da Latam, com 57 unidades do remédio ocultas entre roupas e dentro de imagens de santos.
Segundo a Inspetoria da Receita Federal, todo o material apreendido será destruído.
O Mounjaro é um medicamento injetável de prescrição, indicado para o tratamento de adultos com diabetes tipo 2, em conjunto com dieta e exercícios físicos. Seu princípio ativo, a tirzepatida, representa uma nova classe terapêutica, atuando de forma inédita em dois receptores hormonais: GLP-1 e GIP.
Essa dupla ação se diferencia de outros medicamentos como Ozempic e Wegovy, à base de semaglutida, que atuam apenas no receptor GLP-1.
Estudos clínicos apontam que a tirzepatida consegue reduzir significativamente os níveis de glicose no sangue e promover uma perda de peso acima da média, o que tem despertado o interesse de pessoas que buscam emagrecimento rápido — muitas vezes sem orientação médica.
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