O ex-presidente da República, Fernando Collor de Mello, foi preso na madrugada desta sexta-feira (25) em Maceió, Alagoas, por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). A prisão ocorreu após o ministro Alexandre de Moraes rejeitar os últimos recursos da defesa e determinar o cumprimento imediato da pena.
Collor foi condenado em maio de 2023 pelo STF a oito anos e dez meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em um esquema que envolveu contratos da BR Distribuidora (atual Vibra Energia). Segundo a denúncia, o ex-presidente teria recebido R$ 20 milhões em propina entre 2010 e 2014.
Prisão e trâmites
A prisão ocorreu por volta das 4h da manhã, quando Collor se deslocava para o aeroporto de Maceió para embarcar para Brasília. Ele foi levado para a Superintendência da Polícia Federal em Alagoas, onde aguarda os próximos passos da Justiça.
A defesa de Collor afirmou que ele se apresentou para cumprir a decisão, mas que discorda da mesma. Os advogados do ex-presidente argumentam que a decisão de Moraes deveria ter sido analisada pelo plenário do STF, em sessão já marcada para esta sexta-feira.
Repercussão e próximos passos
A prisão de Fernando Collor repercutiu no cenário político nacional e reacendeu o debate sobre a corrupção no país. A sessão do plenário virtual do STF, marcada para esta sexta-feira, deve analisar a decisão de Moraes e definir os próximos passos do caso.
Histórico de investigações
Esta não é a primeira vez que Fernando Collor é alvo de investigações por corrupção. Em 1992, ele renunciou à Presidência da República em meio a um processo de impeachment por acusações de corrupção. Em 2017, ele foi denunciado pela PGR por crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa, também relacionados a contratos da Petrobras.
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