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Tecnologia Mudanças na Apple

Apple quer transferir Produção de iPhones para o Mercado Americano da China para a Índia em Pivô Geopolítico da Cadeia de Suprimentos

Impulsionada por Tensões Comerciais e Buscando Diversificação, Gigante da Tecnologia Mira Índia para Fabricar Todos os iPhones Destinados a Consumidores Americanos até o Fim de 2026

25/04/2025 às 16h24 Atualizada em 25/04/2025 às 16h48
Por: Frank Ferreira Fonte: Portal Metrópoles/ Rede Mult de Comunicação
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Atualmente, a Apple vende aproximadamente 60 milhões de iPhones por ano nos EUA, com uma parcela substancial de 80% desse volume sendo produzida na China. Foto: Divulgação/Apple
Atualmente, a Apple vende aproximadamente 60 milhões de iPhones por ano nos EUA, com uma parcela substancial de 80% desse volume sendo produzida na China. Foto: Divulgação/Apple

Em uma recalibração significativa de sua cadeia de suprimentos global, a Apple está buscando agressivamente um plano para realocar a fabricação de iPhones destinados ao mercado dos Estados Unidos da China para a Índia, com uma meta ambiciosa de concluir a transição até o final de 2026. Essa manobra estratégica ocorre enquanto a gigante da tecnologia busca se proteger das repercussões persistentes da guerra comercial iniciada pelo então líder dos Estados Unidos.

Atualmente, a Apple vende aproximadamente 60 milhões de iPhones por ano nos EUA, com uma parcela substancial de 80% desse volume sendo produzida na China. Essa significativa dependência da manufatura chinesa expôs a Apple a vulnerabilidades, notadamente as tarifas impostas durante a disputa comercial mencionada, que, segundo relatos, resultaram em uma redução de $700 milhões na capitalização de mercado da empresa. Além das preocupações financeiras imediatas, essa mudança sublinha o objetivo mais amplo da Apple de diminuir sua profunda dependência da produção fabril chinesa.

Nos últimos anos, a Apple tem investido estrategicamente na construção de capacidades de produção na Índia por meio de colaborações com importantes parceiros de fabricação, como a Tata Electronics e a Foxconn, esta última também mantendo instalações de produção significativas na China. Essas fábricas indianas já estão envolvidas na montagem de iPhones. No entanto, um desafio persistente permanece sendo a dependência da Apple de fornecedores chineses para a maioria dos componentes cruciais necessários para a montagem de seus dispositivos carro-chefe. O ímpeto atual é acelerar drasticamente o deslocamento das operações de montagem final.

Essa ousada iniciativa representa uma grande mudança na fabricação global de eletrônicos e destaca a crescente proeminência da Índia como um ator-chave no cenário internacional da cadeia de suprimentos. O sucesso dessa transição não apenas impactará a resiliência operacional da Apple, mas também terá implicações mais amplas para a dinâmica geopolítica da produção de tecnologia.

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