A Rede de Monitoramento de Qualidade do Ar de Fortaleza terá seu serviço ampliado com o dobro de pontos de controle, passando de 30 para 60 equipamentos. A informação foi repassada durante reunião da Fundação de Ciência, Tecnologia e Inovação de Fortaleza (Citinova) com a Vital Strategies, organização responsável pelo Programa Parceria para Cidades Saudáveis.
Novos equipamentos serão instalados estrategicamente seguindo o zoneamento das Regionais, sendo cinco equipamentos por regional, assegurando que os dados sejam coletados com clareza e o acompanhamento seja realizado com maior precisão e abrangência das áreas urbanas de Fortaleza.
O encontro marca o fortalecimento da parceria e o reconhecimento internacional do Programa de Vigilância da Qualidade do Ar, desenvolvido na capital cearense.
Estavam presentes no pronunciamento Demostenis Cassiano, gerente do programa, Odilon Aguiar, presidente da Citinova e Charity Hung e Grace Pickens as gestoras da Vital Strategies, que vieram à capital cearense com o objetivo é expandir o programa Qualidade do Ar para buscar novas parcerias com projetos na Prefeitura.
Demostenis Cassiano, gerente do programa de vigilância e qualidade do ar, explica que o prazo para a instalação dos novos monitores é até dezembro deste ano.“Nós vamos aumentar a cobertura, então conseguiremos ver mais próximo da realidade como que ocorre na cidade a dispersão dos poluentes emitido pelas atividades que são realizadas no tecido urbano da cidade”.
Atualmente, os monitores estão instalados em bairros como Jardim Iracema, Praia de Iracema, Carlito Pamplona, Mucuripe, Cais do Porto, Aldeota, Itaperi José Walter, Cocó, Pici, Messejana e Alto da Balança.
Como desdobramento da parceria, a Prefeitura de Fortaleza incorpora o Programa de Qualidade do Ar ao Plano Diretor da Cidade, garantindo a continuidade dos compromissos com a agenda climática e justiça ambiental.
A diretora adjunta da Vital Strategies, Charity Hung destacou que Fortaleza tem sido um exemplo, por todo o trabalho que a Cidade tem feito, estabelecendo políticas públicas na área da saúde e com a colaboração internacional.
“A cidade já tem um compromisso de longa data com a saúde pública por todo o seu trabalho, além da colaboração internacional, que é muito importante para desenvolver políticas públicas na saúde para ajudar os fortalezenses”, diz.
A iniciativa reafirma Fortaleza como liderança no enfrentamento das mudanças climáticas. A expansão tornará Fortaleza referência em políticas públicas que integram sustentabilidade e saúde pública.
Esta visita tem ligação com os trabalhos feitos para o melhoramento da qualidade do ar na cidade e a redução dos impactos do calor na saúde como parte do Parceria para Cidades Saudáveis, uma rede global que conta com 74 cidades comprometidas na prevenção de Doenças Não-Transmissíveis (DNTs) — como doenças cardíacas, diabetes e câncer, assim como lesões graves.
O projeto de Monitoramento da Qualidade do Ar é fruto de uma parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC), que usa monitores que captam informações como os tipos de poluentes e parâmetros de clima como temperatura, umidade e pressão do local.
As placas de monitoramento são abastecidas por painéis fotovoltaicos e, a cada segundo, transmitem os dados para uma base que analisa as informações. Em 2024, Fortaleza ficou entre as cidades com melhor índice de qualidade do ar entre 38 cidades avaliadas no Brasil, apresentando um índice de 3,4 µg/m³ (microgramas/metro cúbico).
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