A mais recente pesquisa realizada pelo Instituto Quaest revelou que a desaprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a 56%, o maior índice desde o início de seu terceiro mandato. Já a aprovação caiu para 41%, consolidando uma tendência de queda registrada ao longo dos últimos meses.
O levantamento ouviu 10.442 eleitores entre os dias 19 e 23 de fevereiro, em oito estados que, juntos, representam 62% do eleitorado brasileiro: Bahia, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. A margem de erro varia de 2 a 3 pontos percentuais, conforme o estado.
Goiás: 70% desaprovam, 28% aprovam
São Paulo: 69% desaprovam, 29% aprovam
Paraná: 68% desaprovam, 30% aprovam
Rio Grande do Sul: 66% desaprovam, 33% aprovam
Minas Gerais: 63% desaprovam, 35% aprovam
Rio de Janeiro: 64% desaprovam, 35% aprovam
Bahia: 51% desaprovam, 47% aprovam
Pernambuco: 50% desaprovam, 49% aprovam
O dado chama atenção especialmente em estados do Nordeste, como Bahia e Pernambuco, onde Lula tradicionalmente possui forte apoio. Pela primeira vez, nesses estados, a desaprovação superou numericamente a aprovação.
Segundo o instituto, alguns fatores podem ter influenciado o aumento da desaprovação:
A percepção de que Lula não está cumprindo as promessas de campanha (65% dos entrevistados acreditam nisso).
O impacto das notícias negativas envolvendo o governo (43% afirmam ter sido mais expostos a esse tipo de conteúdo).
A recente polêmica sobre uma suposta taxação do Pix, que gerou desgaste e impulsionou a desaprovação nos últimos meses.
Com esse cenário, o presidente enfrenta o desafio de reverter a crescente insatisfação, especialmente em estados onde teve grande votação nas eleições de 2022.
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