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Geral Indios interdiam BR

Indígenas Tapeba bloqueiam trecho da BR-222, em Caucaia, em protesto contra obra

Conforme a Polícia Rodoviária Federal (PRF), cerca de 20 manifestantes permanecem no km 17 nessa terça-feira (9)

10/06/2025 às 10h57
Por: Rede Mult Fonte: DN/ Rede Mult de Comunicação
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 Indígenas cobram melhorias na infraestrutura da região. Foto: Reprodução/Redes Sociais/Divulgação/PRF
Indígenas cobram melhorias na infraestrutura da região. Foto: Reprodução/Redes Sociais/Divulgação/PRF

A BR-222, em Caucaia, está bloqueada nos dois sentidos em razão de um protesto organizado por indígenas Tapeba. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a manifestação pacífica começou às 12h dessa segunda-feira (9) e segue na manhã dessa terça-feira (10), na altura do quilômetro 17.

Cerca de 100 manifestantes estiveram na rodovia na última tarde, interditando o tráfego. Nesta manhã, o grupo é estimado em 20 pessoas. Por meio de um comunicado, a PRF informou que o trânsito no sentido Capital-Interior flui parcialmente. Já no sentido Interior-Capital, o fluxo está sendo desviado pela esquerda, através do bairro Capuan (acesso pela BR antiga, no km 19).

Pessoas ligadas à comunidade indígena informaram que o protesto é direcionado ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). O trecho da rodovia corta cerca de 8 quilômetros da região habitada pelos Tapeba, e, atualmente, passa por uma obra de duplicação.

Os indígenas também declaram que, desde o dia 4 de junho, a intervenção está paralisada e nenhum detalhe sobre o futuro da intervenção foi informado pelo órgão.

Entramos em contato com o departamento para mais informações sobre o caso. Quando houver resposta, essa matéria será atualizada.

 

Comunidade Tapeba cobra melhorias

A líder comunitária Clarice Maria Ferreira, 42 anos, reforça que a obra, organizada pelo departamento, tem causado diversos problemas para a população local.

"Estamos há mais de dois anos cobrando uma multa de ressarcimento prometida pelo DNIT, para a melhoria da comunidade Tapeba, mas até agora nada foi feito. Infelizmente tivemos que agir dessa maneira para que os indígenas possam ser vistos", cobra.

Paulo Augusto, 43 anos, morador de uma das comunidades próximas à rodovia, afirmou que a região sofre com falta de ruas pavimentadas, iluminação precária e longas faixas sem retorno. "Precisamos andar mais de 3 quilômetros para voltar para casa", diz.

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