Em uma cerimônia realizada no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a utilizar uma analogia com Jesus Cristo ao comentar sobre a renegociação das dívidas dos estados com a União. Durante o evento de assinatura do contrato de concessão da BR-381, Lula criticou o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, por sua postura frente ao projeto de renegociação de dívidas, conhecido como Propag. Ele declarou que “o que nós fizemos para os estados que não pagavam a dívida talvez só Jesus Cristo fizesse se ele concorresse à Presidência da República desse país”, insinuando que a grandeza do acordo era comparável à de ações que só uma figura divina poderia realizar.
A declaração gerou repercussão imediata nas redes sociais e na mídia, com muitos analisando a comparação como uma tentativa de enfatizar a magnitude do acordo de renegociação das dívidas dos estados. O presidente destacou que sua administração não vetou qualquer proposta dos governadores ou prefeitos por questões políticas, reforçando a noção de que o acordo foi um ato de generosidade e boa vontade. Este não é o primeiro momento em que Lula faz referência a Jesus Cristo; ele já havia feito comparações semelhantes em outros contextos.
A resposta do governador Romeu Zema veio em seguida, utilizando as redes sociais para rebater a declaração de Lula. Zema afirmou que, se fosse o caso, “Jesus Cristo perdoaria todas as dívidas e jamais cobraria juros abusivos de quem ajuda a construir o Brasil”, destacando uma visão contrária à política de juros associada ao acordo de renegociação de dívidas. A troca de farpas entre Lula e Zema reflete os contínuos atritos entre o governo federal e alguns governadores estaduais sobre políticas econômicas e administrativas.
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