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Após filho trans de 10 anos fazer acompanhamento no HC da USP, mãe também faz transição: 'Agora sou o Raphael, pai do Gustavinho'

Transição de gênero dele começou em 2024 em hospital público da rede municipal de saúde. Seu filho nasceu num corpo feminino, mas desde os 4 anos faz parte do programa que atende crianças transgênero no Hospital das Clínicas. CPI tentou barrar novos atendimentos em 2023.

29/01/2025 às 09h29
Por: Rede Mult Fonte: G1.Globo.com
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JP Miranda / Rede Mult de Comunicação
JP Miranda / Rede Mult de Comunicação

"Agora sou o Raphael, pai do Gustavinho", disse o encarregado de logística Raphael Batista nesta semana ao g1. Ele se assumiu homem trans após o filho também transgênero fazer acompanhamento no Hospital das Clínicas (HC) da Universidade de São Paulo (USP).

Os dois nasceram com características biológicas femininas, mas se identificam como sendo do gênero masculino. O pai falou que faz sua transição no Hospital Municipal do Campo Limpo.

<p><img src="https://redemulttv.com.br/envios/2025/01/29/e1c0534fba584d96f889607129b725dc27069dec.webp" alt="Foto" class="env" /></p>

As duas unidades médicas são da rede pública e oferecem serviços gratuitos para trans, seguindo protocolos previstos no Sistema Único de Saúde (SUS) do Ministério da Saúde, além de recomendações do Conselho Federal de Medicina (CFM). Transexualidade não é doença; é, na verdade, como uma pessoa se identifica com um determinado gênero ou não, independentemente do sexo biológico (saiba mais abaixo).

 

Esta quarta-feira (29) é o Dia Nacional da Visibilidade TransA data reafirma a importância de se intensificar ações de combate ao preconceito e violência contra uma comunidade tão vulnerável no país, como a de pessoas transgêneros e travestis. Transfobia, por exemplo, é crime.

Raphael tem 38 anos. No ano passado, parou de se identificar com o gênero feminino e pediu para ser chamado pelo masculino. Contou a decisão para a família e para seus mais de 24 mil seguidores nas redes sociais. Ele e o filho têm uma página conjunta no Instagram, em que mostram fotos, vídeos sobre suas rotinas e também falam sobre transexualidade.

Gustavo é estudante e ator. Já fez filmes interpretando crianças trans e meninos cisgêneros. Está com 10 anos, mas começou a transicionar aos 4, quando passou a ser atendido pelo Ambulatório Transdisciplinar de Identidade de Gênero e Orientação Sexual (Amtigos) do Instituto de Psiquiatria, e pela Unidade de Endocrinologia Pediátrica do Instituto da Criança do HC da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP).

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