Os deputados e senadores elegerão no próximo sábado (1°), os novos presidentes para o novo biênio 2025-2027 da Câmara e Senado Federal. As votações serão secretas, seguindo as regras da Constituição e dos regimentos internos de cada Casa.
No Senado, a eleição está marcada para às 10h, enquanto na Câmara, ocorrerá às 16h. Os candidatos Davi Alcolumbre e Hugo Motta, são os favoritos na disputa das duas casas:
Senador pelo estado do Amapá, Alcolumbre tenta voltar a presidência do Senado, cargo que ocupou entre 2019 e 2021. Ele foi um dos principais articuladores da eleição do atual presidente, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Conhecido por sua habilidade política, já tem uma ampla base de apoio e é um dos principais nomes no controle da distribuição das emendas e cargos no congresso, fortalecendo sua candidatura. Contando com o apoio de 12 partidos representados na casa, além de três senadores do Podemos, cuja bancada foi liberada. Seu arco de alianças totaliza 76 senadores, equivalente a 94% da casa.
A eleição de Alcolumbre é vista como como praticamente certa, contando com o endosso tanto de governistas, quanto de opositores, contando com PT e PL, devem ocupar, por exemplo as vice-presidências do Senado, resultado de sua articulação para evitar rupturas.
Mesmo sendo favorito, Alcolumbre enfrenta desafios como o cerco do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre as regras de distribuição de emendas parlamentares, um dos pilares de sua influência política.
Senador pelo estado de São Paulo, o ex-ministro de Ciência, Tecnologia e Inovações tenta levar ao Senado um perfil técnico e pragmático. Conhecido por ser o primeiro astronauta brasileiro, aposta em sua imagem para angariar apoio.
Pontes lançou sua candidatura sem o apoio do seu próprio partido, o PL.
O ex-presidente Jair Bolsonaro e outras lideranças do partido preferem apoiar Alcolumbre, o que enfraquece as chances de Pontes na disputa.
Representando o estado do Espírito Santo, Do Val se apresenta como uma alternativa na casa.
Apesar de possuir um discurso voltado para a eficiência e transparência do legislativo, sua atuação é focada na segurança pública, tema como sua principal bandeira.
Seu partido, o Podemos, enfrenta dificuldades em busca de apoios expressivos para Do Val, pois não fechou questão sobre sua candidatura.
Senador pelo estado do Ceará, representa o partido Novo. Conhecido por seu discurso conservador, Eduardo levanta bandeiras religiosas e contra a corrupção.
Girão é um dos principais críticos do que se chama "sistema político tradicional" e defende veementemente a maior independência do Senado em relação ao governo federal.
Tenta atrair senadores insatisfeitos com a hegemônica do candidato Alcolumbre, mas enfrenta dificuldades para ampliar a base.
O Novo possui poucos representantes no Congresso, limitando a capacidade de articulação da agremiação.
Hugo é deputado federal pelo estado da Paraíba e é apontado como o favorito na disputa a presidência da Câmara Federal.
Com apenas 35 anos, poderá se tornar o mais jovem presidente da casa. Motta, é de uma tradicional família política e construiu sua base com articulações dentro do Centrão, grupo de influência no Congresso.
Seu nome conta com o apoio de 18 partidos dos diversos espectros ideológicos como PT e PL, evidenciando sua capacidade de transitar entre diversas correntes políticas.
Henrique é pastor, ator e ativista social. O seu partido, PSOL, o lança com a perspectiva de uma candidatura progressista e de defesa dos direitos humanos.
Henrique se destaca por sua atuação em pautas sociais, defesa das minorias e combate às desigualdades.
Embora reconheça as dificuldades em uma disputa marcada por candidaturas mais consolidadas, sua participação é vista como uma forma de dar voz a setores da sociedade.
O deputado pelo RIo Grande do Sul, é lançado pelo partido Novo e é apresentado como alternativa da oposição aos nomes tradicionais na disputa.
Van Hatten, defende maior transparência e o encerramento dos "acordões políticos". No entanto, enfrenta dificuldades para ampliar a sua base, pois o partido conta apenas com 4 deputados, limitando o potencial eleitoral de Van Hatten.
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