Caracas, 31 de Janeiro de 2025 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviou Richard Grenell, seu enviado especial para missões especiais, para se encontrar com o líder venezuelano Nicolás Maduro em Caracas nesta sexta-feira. A reunião tem como objetivo discutir questões relacionadas a voos de deportação e outras questões de imigração ilegal.
Grenell, que serviu como embaixador dos EUA na Alemanha e como diretor interino de Inteligência Nacional durante o primeiro mandato de Trump, é conhecido por sua abordagem direta e pragmática na diplomacia. A decisão de se reunir com Maduro ocorre em um contexto onde Trump tem priorizado a deportação em massa, uma promessa de campanha que enfrenta resistência de Maduro, que se recusou a aceitar o retorno de cidadãos venezuelanos deportados dos Estados Unidos.
A visita de Grenell ao país sul-americano também levanta especulações sobre uma possível mudança na política externa dos EUA em relação à Venezuela, especialmente após o reconhecimento de Edmundo González Urrutia como presidente eleito por parte de Washington, apesar das eleições controversas em 2024 que levaram Maduro a um terceiro mandato.
A reunião entre Grenell e Maduro é vista como uma tentativa de reabrir canais de diálogo, algo que poderia sinalizar um afrouxamento da política de "pressão máxima" que foi a marca do primeiro mandato de Trump. No entanto, essa abordagem tem seus críticos, incluindo membros do gabinete atual que mantêm uma postura dura contra o regime de Maduro.
Analistas apontam que essa reunião pode ser uma tentativa de resolver questões práticas, como a deportação, mas também poderia indicar um passo inicial para uma reaproximação diplomática entre os dois países, que têm estado em desacordo desde que Maduro assumiu o poder após a morte de Hugo Chávez.
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