Disputa pelo Poder: Maduro e González Prometem Tomar Posse como Presidentes da Venezuela nesta Sexta-feira
Crise política se intensifica na Venezuela com declarações de posse simultânea de Nicolás Maduro e Edmundo González, aprofundando a polarização no país.
Caracas amanheceu sob tensão nesta sexta-feira, 10 de janeiro de 2025, com a promessa do ditador Nicolás Maduro de assumir a presidência da Venezuela por mais seis anos. Paralelamente, o líder oposicionista Edmundo González declarou que retornará ao país para reivindicar o cargo que, segundo ele, conquistou legitimamente nas eleições de julho de 2024.
Jorge Rodríguez, presidente da Assembleia Nacional e aliado de Maduro, anunciou que a cerimônia de posse ocorrerá ao meio-dia, com a presença de representantes de países alinhados ao regime chavista, como China e Rússia. Brasil, Colômbia e México optaram por enviar apenas seus embaixadores, refletindo o crescente isolamento diplomático da Venezuela.
Edmundo González, reconhecido por diversas nações, incluindo os Estados Unidos, como o presidente eleito, afirmou que deixará a República Dominicana para assumir a presidência e impedir um novo mandato de Maduro. Em encontro recente com o presidente norte-americano Joe Biden, González buscou apoio internacional para a transição democrática na Venezuela.
A comunidade internacional permanece dividida quanto ao reconhecimento do governo venezuelano. Enquanto países como Estados Unidos e Peru reconhecem González como presidente eleito, outros mantêm apoio a Maduro ou adotam uma postura neutra. A Organização dos Estados Americanos (OEA) não conseguiu aprovar uma resolução sobre a situação na Venezuela, evidenciando a falta de consenso entre os membros.
A tensão nas ruas de Caracas é palpável, com manifestações de apoio a ambos os lados e um forte esquema de segurança para evitar confrontos. A oposição denuncia fraudes eleitorais e repressão por parte do regime, enquanto o governo de Maduro acusa interferências externas e tenta consolidar seu poder.
O desenlace desta crise política é incerto, e a possibilidade de dois líderes reivindicando simultaneamente a presidência pode aprofundar ainda mais a instabilidade na Venezuela. A comunidade internacional observa atentamente os próximos passos, ciente de que as decisões tomadas nas próximas horas serão cruciais para o futuro do país.
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