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Por que o Brasil está recorrendo à importação de arroz e por que os preços aumentaram mais de 20% em um ano?

O país tem uma produção insuficiente para atender sua demanda interna e depende de importações e estoques de safras anteriores para suprir suas necessidades. Após as enchentes no Rio Grande do Sul, o governo optou por adquirir mais arroz do exterior.

Publicada em 14/06/24 às 12:12h - 34 visualizações

Marcos Carneiro / Rede Mult de Comunicação


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Por que o Brasil está recorrendo à importação de arroz e por que os preços aumentaram mais de 20% em um ano?
Leilão de arroz foi cancelado por suspeita de fraude  (Foto: Pixabay / Rede Mult de Comunicação)
O Brasil enfrenta desafios significativos relacionados à produção e abastecimento de arroz, levando a um aumento dos preços e à necessidade de importação. A recente decisão do governo federal de adquirir mais arroz estrangeiro, após as enchentes no Rio Grande do Sul, destaca a urgência dessa questão.

Com o país produzindo menos arroz do que consome, a dependência de importações e estoques de colheitas anteriores para suprir a demanda interna tornou-se evidente. Essa disparidade entre produção e consumo se reflete nas projeções da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que indicam uma produção de 10,3 milhões de toneladas nesta safra, em comparação com um consumo estimado de 11 milhões de toneladas.

A situação se agravou com as enchentes no RS, que afetaram a produção e os estoques do estado, levando o governo a aumentar sua projeção de importação para 2,2 milhões de toneladas. Essas medidas visam evitar um aumento excessivo nos preços do arroz, que já subiram mais de 20% em um ano para o consumidor.

Além dos desastres naturais, fatores como o clima desfavorável e o aumento dos custos de produção têm impactado a oferta interna de arroz. A interrupção das exportações pela Índia também contribuiu para o aumento das cotações internacionais do grão.

Esses eventos destacam a necessidade de medidas tanto para garantir o abastecimento do mercado interno quanto para controlar os preços do arroz, um alimento essencial na dieta dos brasileiros.

Clima e Custos de Produção Impactam a Cultura do Arroz

Evandro Oliveira, analista da Safras & Mercado, destaca o efeito dos eventos climáticos recentes sobre a produção de arroz no Rio Grande do Sul. A região enfrentou três anos consecutivos de La Niña, de 2021 a 2023, resultando em secas severas e perdas na produção. Posteriormente, o El Niño trouxe enchentes no segundo semestre de 2023, prejudicando o plantio do grão.

Essa conjuntura levou muitos produtores a migrarem para culturas mais rentáveis, como soja e milho, de acordo com Oliveira. Ele aponta que o custo de produção do arroz chega a R$ 12 mil por hectare em municípios como Uruguaiana (RS), enquanto para a soja, o gasto é significativamente menor, em torno de R$ 5 mil por hectare em locais como São Gabriel (RS).

Os dados da Conab corroboram esses custos, destacando que o aluguel de terras, adubos e agrotóxicos são os principais componentes dos custos de plantio de arroz.

Essa mudança não é um fenômeno recente. Um levantamento do g1 revelou que, ao longo de 16 anos, a área de plantio de arroz e feijão no Brasil diminuiu mais de 30%, impulsionada pelo avanço da soja e do milho, commodities negociadas no mercado internacional e exportadas como ração animal.

Rio Grande do Sul responde por aproximadamente 70% da produção nacional (Foto: Pedro Stropasolas / Brasil de Fato)


Evandro Oliveira salienta que o Rio Grande do Sul, que antes chegou a ter áreas de plantio de arroz superiores a 1 milhão de hectares, agora enfrenta dificuldades para manter uma área de 900 mil hectares dedicada à cultura.

Em uma entrevista ao g1, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que o governo planeja incentivar o plantio de produtos básicos da alimentação brasileira no próximo Plano Safra, por meio de contratos de opções.

No último ano, o Rio Grande do Sul expandiu sua área plantada em 4%, em busca do aumento dos preços do arroz – que subiram 37% em um ano, segundo o Cepea – e em previsão dos impactos esperados do El Niño na safra.

No cenário global, o preço do arroz começou a subir em julho do ano passado, quando a Índia interrompeu suas exportações do grão para reduzir os preços internos. Esse mercado indiano representa 35% do comércio global de arroz. Desde então, os preços do arroz asiático aumentaram em 46,5%, impactando também os preços no Mercosul. O Brasil registrou um aumento menor, cerca de 25% no varejo, refletindo parcialmente a alta de 45% em dólar observada nos mercados internacionais. As cotações continuam aquecidas globalmente, enquanto os mercados aguardam decisões futuras do governo indiano sobre as exportações.



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