Brasília destaca-se como a cidade com o maior número absoluto de endereços sem numeração (1,2 milhão), em parte devido ao padrão específico de endereçamento do Distrito Federal, que frequentemente não inclui o campo de número. Na sequência, vêm Goiânia (com 526 mil) e Rio de Janeiro (com 280 mil). Consulte o mapa acima para mais detalhes.
No total, o país registra 107 milhões de endereços oficiais no Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos (CNEFE).
Além disso, há 2,7 milhões de endereços em ruas, estradas, travessas e rodovias sem nome. Entre os endereços com denominação, o termo mais comum é "Principal", repetido 226.289 vezes em todo o país; "Santo Antônio" vem em segundo lugar, com 219.377 ocorrências, seguido por "São José", com 219.139.
Segundo Gustavo Cayres, analista do CNEFE, aqueles que residem em vias sem nome enfrentam uma série de desafios, como dificuldades em fornecer seus endereços para receber encomendas ou durante entrevistas de emprego.
"Estamos falando de uma possível informalidade, mas isso está intimamente ligado ao poder público municipal, que é responsável por atribuir nomes às ruas e números aos domicílios. Isso ocorre em áreas urbanas com ocupação recente e informal", afirma. "Tornar mais difícil para as pessoas chamar o Samu para sua localidade", exemplifica.
O Brasil possui um total de 111 milhões de endereços únicos distribuídos pelos 5.570 municípios – a atribuição de endereços é uma responsabilidade das cidades, por meio do poder municipal (prefeituras).
Esses dados fazem parte do CNEFE (Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos), que mapeia os endereços brasileiros desde 2005.
O país possui:
72 milhões de ruas
10,7 milhões de avenidas
7 milhões de estradas
3 milhões de travessas
1,6 milhões de rodovias
De acordo com o IBGE, o objetivo do cadastro é fornecer suporte às atividades do Instituto, como pesquisas censitárias e coleta de dados, e padronizar os registros de endereços.
O governo federal compartilhou informações do CNEFE com estados que enfrentaram tragédias (como Brumadinho, em 2019, e o Rio Grande do Sul, em 2024) para auxiliar a Defesa Civil em situações de emergência.
Condomínios de grande porte predominam
A pesquisa também analisou as residências localizadas dentro de condomínios e o tamanho dessas estruturas. A maioria é composta por empreendimentos com mais de 100 unidades, conforme a lista abaixo:
4.757.950 condomínios com mais de 100 unidades;
3.640.694 com 6 a 20 unidades;
2.733.592 com 21 a 50 unidades;
2.153.229 com 51 a 100 unidades.
Na pesquisa, o IBGE também listou os complementos mais frequentes nos endereços, com "casa" liderando (14,7 milhões) e "apartamento" em segundo lugar (com 13,5 milhões). Bloco (5,2 milhões), lote (4 milhões) e quadra (3,9 milhões) completam a lista.
