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Ex-gerente da Zara condenado por racismo após incidente com delegada negra

uma mulher negra relatou uma experiência semelhante na mesma loja, corroborando o padrão de discriminação identificado.

Publicada em 30/08/24 às 14:18h - 23 visualizações

Ana Melo / Rede Mult de Comunicação.


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Ex-gerente da Zara condenado por racismo após incidente com delegada negra
imagens de câmeras de segurança mostraram que outras pessoas brancas, também sem máscara, foram permitidas a entrar na loja no mesmo dia.  (Foto: Mateus Dantas / Rede Mult de Comunicação.)
Nesta sexta-feira (30), o ex-gerente da loja Zara, Bruno Filipe Simões Antônio, foi condenado a um ano, um mês e 15 dias de reclusão por racismo. 

O caso remonta a um incidente ocorrido em 14 de setembro de 2021, quando a delegada Ana Paula Barroso, uma mulher negra, foi impedida de entrar na loja em um shopping de Fortaleza.

Apesar de a pena de prisão ter sido aplicada, como o réu é réu primário e a pena não excedeu quatro anos, o juiz determinou a substituição da reclusão por penas alternativas. Bruno Filipe Simões Antônio cumprirá a pena através de prestação de serviços à comunidade e restrição de liberdade nos fins de semana.

Na ocasião, a loja alegou que a delegada não estava usando máscara e estava consumindo um sorvete, o que teria motivado a recusa de entrada por questões de segurança, já que o uso de máscara era obrigatório. 

Contudo, imagens de câmeras de segurança mostraram que outras pessoas brancas, também sem máscara, foram permitidas a entrar na loja no mesmo dia.

O juiz Francisco das Chagas Gomes considerou que o ex-gerente tratou a delegada de maneira desigual e excessiva em relação a outros clientes. O magistrado destacou que a abordagem ríspida e a diferenciação no tratamento demonstraram discriminação racial.

Leandro Vasques, advogado da vítima e assistente de acusação, celebrou a sentença e anunciou que Ana Paula Barroso buscará compensação por danos morais na esfera cível. "Esta condenação representa uma resistência contra a discriminação e um reconhecimento dos direitos da delegada. Agora, vamos buscar a reparação adequada pelo constrangimento sofrido", afirmou Vasques.

Durante as investigações, a Polícia Civil do Ceará descobriu que a loja Zara utilizava o código sonoro "Zara zerou" para sinalizar aos funcionários clientes que deveriam ser considerados suspeitos. O delegado-geral da Polícia Civil do Ceará, Sérgio Pereira dos Santos, revelou que pessoas negras e com vestimentas simples eram alvo de suspeitas na loja.

No inquérito, foram ouvidas oito testemunhas, além da delegada e do ex-gerente. Entre os depoentes, uma mulher negra relatou uma experiência semelhante na mesma loja, corroborando o padrão de discriminação identificado.



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