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Desesperador, falta de humanidade: famílias recorrem a medidas de emergência para sobreviver durante apagão em SP

Sem eletricidade por mais de 65 horas, pacientes que dependem de aparelhos vitais lutam pela vida com geradores improvisados, enquanto hospitais e lares enfrentam perdas de medicamentos e alimentos.

Publicada em 14/10/24 às 17:13h - 24 visualizações

Hian Moura / Rede Mult de Comunicação


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Desesperador, falta de humanidade: famílias recorrem a medidas de emergência para sobreviver durante apagão em SP
Heloísa tem 18 anos e precisa de energia elétrica para manter aparelhos ligados  (Foto: Rede Mult de Comunicação)
A falta de energia elétrica em São Paulo e região metropolitana tem imposto uma situação de risco e desespero para quem depende de aparelhos para sobreviver. Desde a última sexta-feira (11), diversas famílias vêm enfrentando a interrupção no fornecimento de eletricidade.

Na cidade de São Bernardo do Campo, Heloísa, uma jovem de 18 anos que tem amiotrofia muscular espinhal, teve o funcionamento de seus aparelhos médicos ameaçado. Seus pais improvisaram uma conexão elétrica usando a bateria do carro para manter o respirador da filha.

“Para ela, energia não é uma comodidade, mas necessidade. O respirador tem uma bateria com uma autonomia pequena, de cinco ou seis horas. Ela depende também da bomba de infusão, do aquecedor. Devido a tanto tempo da falta de energia, tivemos que puxar energia do carro da mãe da Heloísa utilizando extensões até chegar aqui", desabafou Mario Neto, pai da jovem.

“Um vizinho emprestou a energia, contratamos um eletricista particular, compramos cabos e puxamos lá da esquina até aqui para retomar a energia. Existe o tal do cadastro de clientes vitais, mas mera ilusão", disse Mario. Ele também mencionou que a família perdeu medicamentos de alto custo, essenciais para a saúde da filha: "Já havíamos perdido toda a alimentação estocada na casa. Além da energia, medicamentos de alto custo, como esse aqui, por exemplo, três frascos, R$ 165 mil reais", mostrou.

Na Vila Romana, na Zona Oeste de São Paulo, a situação também é angustiante. A família de Antônio, que depende de aparelhos para respirar, teve que usar um gerador a gasolina para mantê-lo vivo.

“Mais de 60 horas nesse desespero. É desesperador. E a gente tem uma pessoa que precisa da energia para viver. Simplesmente assim. Sem energia, ela não respira. Como que a gente faz?", questionou a filha Renata Saffioti. “Compramos um gerador para ele conseguir respirar, mas perdemos medicamento, um monte de coisa. São dezenas de protocolos que a família inteira tem, mas o que acontece? Eles falaram que, daqui duas horas, a luz volta. E a gente está assim desde sexta. Tudo mentiroso. Porque não aconteceu. Não voltou até agora”, lamentou.

“Uma falta de respeito com as pessoas. E uma falta de humanidade com os pacientes igual ao meu pai”, completou a nutricionista.

Nos hospitais, a situação também é preocupante. Juliana Mesanelli conta que seu pai, após sofrer um AVC, não conseguiu fazer uma tomografia no Hospital Saboya devido à falta de eletricidade.

“Ele foi levado ao Hospital Saboya, na região do Jabaquara. Lá também, como aqui, está sofrendo com a falta de energia elétrica. Eles estavam funcionando, até então, com uso de geradores. Para o acompanhamento do AVC isquêmico, ele precisaria fazer uma segunda tomografia, que não pode ser realizada, porque, se eles ligarem esse tipo de equipamento, a energia toda do hospital acaba", explicou. "É um absurdo a gente ter que passar por esse tipo de situação. Ficar tanto tempo sem energia elétrica”, disse.

Em outras residências, medicamentos e insulina são descartados por falta de refrigeração. Roseli Vieira, cuidadora de idosos, busca ajuda para solucionar a falta de medicamentos para seus pacientes e para si mesma. "Já tem quatro dias que nós estamos sem a energia. As coisas já estão estragadas. Estou com duas pessoas idosas, uma de 82 e outra de 83 anos. Eles necessitam de medicamento. E eu também preciso de insulina. Vou jogar fora porque já tem quatro dias, não pode ficar fora. Não tem mais condições. Quatro dias sem geladeira não dá mais. É triste...", desabafou, emocionada.

A Secretaria Municipal de Saúde informou que a energia do Hospital Saboya foi restabelecida no domingo (13), embora a família tenha reportado atraso nos exames. Até o momento, 27 das 475 Unidades Básicas de Saúde continuam operando com geradores.

A concessionária Enel Distribuição SP relatou que, até a manhã desta segunda-feira (14), 430 mil imóveis da Grande São Paulo permaneciam sem energia. Desde a forte tempestade, a concessionária já conseguiu restabelecer o fornecimento para 1,6 milhão de clientes. No entanto, bairros como Jabaquara, Campo Limpo, Pedreira e Jardim São Luís ainda enfrentam interrupções prolongadas, enquanto equipes trabalham para restabelecer o serviço, mesmo com os desafios de reparos complexos devido aos ventos de mais de 100 km/h.



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