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Grande SP tem 100 mil imóveis sem energia na manhã desta quarta-feira, diz Enel

Na manhã desta quarta-feira (16), cerca de 100 mil imóveis na Grande São Paulo ainda estavam sem energia, segundo a Enel. Desse total, aproximadamente 7,6 mil referem-se a ocorrências registradas durante o temporal da sexta-feira (11).

Publicada em 16/10/24 às 08:45h - 23 visualizações

Marcos Carneiro / Rede Mult de Comunicação


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Grande SP tem 100 mil imóveis sem energia na manhã desta quarta-feira, diz Enel
Condomínio às escuras na rua Adele, em Santo Amaro, Zona Sul de São Paulo.  (Foto: Acervo pessoal / Rede Mult de Comunicação)
Moradores da região já completaram mais de 100 horas sem eletricidade até às 6h de hoje. A Enel destacou que suas equipes estão trabalhando desde o início da tempestade para restabelecer o fornecimento de energia aos clientes afetados.

Na terça-feira (15), o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) se reuniu com prefeitos da região metropolitana e anunciou em coletiva de imprensa que uma carta foi enviada pedindo intervenção federal no contrato de concessão da Enel. A carta foi entregue a Augusto Ribeiro Nardes, ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), que é relator de dois processos sobre os apagões na área atendida pela empresa.

Um dos processos investiga a postura do governo federal ao cobrar explicações da Enel sobre apagões anteriores, enquanto o outro analisa uma representação do subprocurador-geral do Ministério Público ao TCU, Lucas Rocha Furtado, para apurar omissões da empresa.

"A intervenção é fundamental porque a empresa não está fazendo o que cabe porque não quer ter despesa com operações simples, essa é a realidade. Por que a empresa não fez o que deveria? Porque ela não queria gastar dinheiro. Esse vira o papel do interventor, que pode determinar as despesas a serem feitas. Então a sugestão que a gente faz é urgente ou na próxima chuva a gente vai estar aqui passando pelo mesmo problema", afirma Tarcísio.

"A intervenção na empresa é necessária para que nós [governo e prefeituras] possamos abrir o processo de cada prefeitura para extinção do contrato com a empresa, que já se mostrou incapaz de prestar um serviço de qualidade no Estado de São Paulo", continua.

Conforme o contrato da Enel, a intervenção pode ser realizada em caso de prestação de serviço inadequada e pode ser determinada por decreto do presidente da República.

R$ 1,65 bilhão em prejuízos

Um levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) revela que a falta de eletricidade, que já dura quatro dias, tem gerado prejuízos significativos nos setores de varejo e serviços, estimados em R$ 1,65 bilhão.

Os cálculos consideram o faturamento que empresas desses setores deixaram de registrar até segunda-feira (14). No varejo, os prejuízos são de pelo menos R$ 536 milhões em três dias, enquanto os serviços acumulam perdas de R$ 1,1 bilhão.

“Esses dados foram compilados levando em conta que, aos fins de semana, o comércio de São Paulo tende a faturar, em média, R$ 1,1 bilhão por dia, enquanto os serviços têm receitas de R$ 2,3 bilhões”, destacou um comunicado da entidade.

“O valor deverá ser maior, porque a empresa responsável pela distribuição de energia, a Enel, ainda não forneceu respostas concretas sobre o retorno do serviço à totalidade dos imóveis que dependem da rede”, acrescentou a Fecomércio-SP.

A entidade também informou que está trabalhando desde sexta (11) para ajudar os setores mais afetados pelo apagão, dialogando com autoridades como a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a Prefeitura de São Paulo, e exigindo que a Enel restaure a distribuição com urgência.

“Para a FecomércioSP, é inaceitável que a maior metrópole brasileira sofra com constantes cortes de energia, como vem acontecendo nos últimos meses. Pior do que isso, a cidade não pode ficar tanto tempo sem eletricidade em meio a esses episódios", diz a nota da entidade.

O último apagão que atingiu a Região Metropolitana de São Paulo, no final de 2023, durou uma semana. A falta desse serviço básico gera problemas significativos para a população e enormes prejuízos ao empresariado.

“A federação tem apontado à Enel como muitas empresas estão contabilizando perdas econômicas a cada dia sem luz, como mercados, restaurantes, farmácias e lojas do varejo, além de serviços que ficam impossibilitados de operar, já que, além da energia, estão sem acesso à Internet. Sem contar os custos adicionais para estabelecimentos que, diante da situação alarmante, não viram outra opção senão locar geradores, contratar mão de obra extra ou comprar combustíveis para manter dispositivos operando”, declarou.

Mortes e quedas de árvore

A falta de energia ocorreu após um temporal que atingiu o estado de São Paulo na última sexta-feira (11). Segundo a Defesa Civil, sete pessoas morreram na região metropolitana e no interior do estado.

A Prefeitura de São Paulo informou ter registrado 386 ocorrências de quedas de árvores até segunda-feira. Dessas, 49 aguardam a atuação da Enel para que as equipes municipais possam iniciar os trabalhos.

O temporal também afetou 150 escolas, sendo 68 delas sem energia, de acordo com a Secretaria Estadual da Educação.

"Amanhã (15), não haverá aulas nas escolas estaduais por conta do Dia do Professor. As unidades sem energia elétrica já acionaram a concessionária responsável e aguardam a manutenção da rede. As equipes técnicas de obras da Seduc-SP continuarão a realizar os reparos para que as aulas possam ser retomadas na quarta-feira (16)", informou a pasta.

A Enel afirmou que, em acordo com a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), cumprirá o prazo de três dias para restabelecer completamente o fornecimento de energia a todos os clientes.

"Para atender casos críticos, a Enel disponibilizou 500 geradores (40 de grande porte) para serviços essenciais, como hospitais, e clientes que dependem de eletricidade para a manutenção de equipamentos hospitalares, por exemplo."

Força-tarefa

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou que outras concessionárias do país farão uma força-tarefa para ajudar a Enel a restabelecer a energia elétrica para os milhares de imóveis da capital e da Grande São Paulo que continuam sem luz nesta segunda-feira (14).

"Somados às distribuidoras CPFL, Enel, EDP, ISA CTEEP, Eletrobras, Light e Energisa, que estão aqui hoje, nós estamos ampliando de 1.400 [funcionários da Enel] para 2.900 profissionais, além de mais de 200 caminhões para apoiar essas equipes, fora os caminhões da própria Enel e mais de 50 equipamentos", afirmou.

A distribuidora Neoenergia Elektro também faz parte da força-tarefa. Em entrevista ao g1, informou que deslocou equipes do interior de São Paulo para a capital para apoiar a Enel.

Durante a coletiva, o ministro criticou a falta de previsão da empresa sobre o restabelecimento de energia, afirmando que a Enel "beirou a burrice" ao se modernizar e reduzir sua mão de obra. Ele também fez duras críticas ao prefeito Ricardo Nunes (MDB), acusando-o de divulgar fake news em relação ao contrato com a Enel e exigindo mais planejamento urbano.

"Quando a Enel disse que não tinha previsão de entrega dos serviços à população, eu disse que ela cometeu um grave erro de comunicação, um grave erro de seu compromisso contratual com a sociedade de São Paulo por não fornecer uma previsão objetiva. Eu disse pra ela [Enel] que ela tem os próximos três dias para resolver os problemas de maior volume."

O presidente da Enel, Guilherme Lencastre, afirmou no sábado (12) que a empresa disponibilizou 500 geradores para atender hospitais e estabelecimentos afetados pela falta de luz, além de dois helicópteros sobrevoando as linhas de transmissão para identificar eventuais problemas.

Lencastre atribuiu os transtornos ao vento histórico que atingiu a capital paulista e as cidades da Grande São Paulo, com rajadas de mais de 107,6 km/h, mas não forneceu um prazo para a normalização total do fornecimento de energia na área de concessão.



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