Mesmo com críticas da população ao serviço prestado no Ceará, a Enel trabalha em Brasília, junto ao Ministério das Minas e Energias, para renovar a sua concessão. Se der certo, ela terá mais 25 anos no estado sem licitação.
Os constantes descasos da Enel não são exclusividade dos Cearenses. Por todo o Brasil, rendem à distribuidora de energia elétrica multas milionárias. Em São Paulo e no Rio de Janeiro por exemplo, devido a constantes irregularidades cometidas, a empresa foi multada com o valor de R$278,6 milhões.
No Ceará, a incompetência da distribuidora trouxe uma série de prejuízos. Além de não atender às necessidades básicas dos consumidores, pessoas que precisavam do serviço de energia elétrica para tocar o seu negócio no feriadão tiveram prejuízos econômicos incalculáveis.
Em municípios como Cascavel, moradores relataram a ausência do serviço por cerca de 72 horas. Cidades turísticas como Aquiraz, por exemplo, diversos donos de barracas e demais trabalhadores da rede hoteleira relataram a perda de mercadoria e a baixa movimentação de turistas devido à falta de energia elétrica.
Em Crateús, a 350km de Fortaleza, uma das principais atrações da cidade no Carnaval não pôde se apresentar por conta da falta de energia elétrica. A aeronave que trazia a banda “É o Tchan” não teve condições de pousar no Aeroporto de Crateús devido ao apagão que afetou o equipamento e a apresentação da banda foi cancelada.
Para completar, a empresa colocou à disposição um whatsapp com prefixo do Rio de Janeiro para receber as demandas dos clientes na Grande Fortaleza e no Interior do Ceara. O whatsapp tem a voz da atendente virtual Elena, do Rio de Janeiro.
Constantes negligências como as que foram relatadas fizeram a Enel ser alvo de uma CPI na Assembleia Legislativa e possíveis ações judiciais por parte das gestões municipais.