Dois meses após o assassinato de Getônio Rodrigues Bastos, de 91 anos, conhecido como senhor Bidu, em um condomínio de Fortaleza, seus familiares expressam receio de que o acusado do crime, o lutador de jiu-jitsu Lucas Amorim Magalhães, possa ser liberado.
Atualmente, Lucas encontra-se preso preventivamente, mas a defesa alegou insanidade mental e aguarda o resultado de um laudo pericial. Dependendo do diagnóstico, ele pode ser declarado inimputável e receber tratamento psiquiátrico em vez de enfrentar o sistema judiciário.
Danielle Bastos, neta da vítima, compartilha sua angústia com a TV Cidade Fortaleza: “Temos medo de que ele seja solto. Queremos que ele permaneça na prisão, vá a julgamento e que a morte do meu avô não fique impune. A imagem da crueldade e do sofrimento do meu avô nos atormenta diariamente.
Daniel Bastos, outro neto, recorda a personalidade pacífica e amigável de senhor Bidu. “Ele era um homem de paz, tranquilo e amável, que gostava de conversar com todos. Era querido por todos no prédio e sempre oferecia uma conversa agradável.”
O incidente ocorreu no dia 6 de julho. Segundo o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), a violência começou quando a mãe de Lucas tentou sair do condomínio com um abridor de coco. Lucas atacou uma moradora de 75 anos, que perdeu a consciência, e depois o porteiro, que se trancou na guarita. Ele também feriu o zelador e, após derrubar a vítima, atacou senhor Bidu, resultando em sua morte. Um vizinho que tentou ajudar também foi agredido.
O MPCE relata que Lucas tentou fugir, atacando mais um morador, antes de ser interceptado pela polícia. Ao receber a ordem para soltar o abridor de coco, Lucas investiu contra um policial, que reagiu disparando contra ele e o feriu na perna.
Os familiares do idoso permanecem preocupados com o andamento do caso e esperam que justiça seja feita para honrar a memória de senhor Bidu.