A partir desta segunda-feira (16), os bancários do Banco do Brasil no Ceará entram em greve, afetando o atendimento presencial nas agências bancárias. A decisão foi tomada em assembleia na quinta-feira (12), após a categoria rejeitar a proposta de acordo coletivo de trabalho apresentada pelo Banco do Brasil e a proposta de reajuste salarial da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).

Conforme informado pelo Sindicato dos Bancários do Ceará, a greve será por tempo indeterminado. Portanto, não haverá atendimento presencial nas 26 agências de Fortaleza e nas 70 do interior do estado. No entanto, os serviços de autoatendimento continuarão funcionando normalmente.

As principais reivindicações dos bancários são:

- Aumento do piso salarial, conforme estipulado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE);

- Reposição das perdas salariais e da inflação;

- Aumento na participação nos lucros e resultados;

- Aumento nos valores do vale-alimentação e do vale-refeição.

Bosco Mota, diretor do Sindicato dos Bancários do Ceará, relatou que algumas agências funcionaram parcialmente ou estiveram fechadas no primeiro dia de greve. "Nós não vamos impedir que um funcionário ou um cliente entre na agência. É uma coisa espontânea, até porque a gente tem que ter o respeito por quem queira fazer a greve ou não," afirmou Mota.

Segundo o diretor, as pautas dos bancários estão em negociação com o Banco do Brasil, e propostas semelhantes foram aceitas em outros estados. Dos 1.046 bancários que participaram da assembleia, 57% votaram a favor da greve. O encontro foi realizado de forma híbrida, com participação presencial na sede do Sindicato e por meio de uma plataforma virtual.

A proposta de acordo coletivo já havia sido rejeitada pelos bancários do Ceará em assembleias nos dias 9 e 10 de setembro.