Uma pessoa foi presa no Ceará e outra em São Paulo nesta quarta-feira (30) durante uma operação da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ) que investiga uma organização criminosa especializada em fraudes financeiras. As equipes continuam nas ruas à procura de outros alvos, que também são buscados no Pará.
De acordo com as investigações, o grupo fez vítimas em pelo menos 13 estados, com foco em idosos, e movimentou cerca de R$ 6 milhões no último ano, em atividades de lavagem e ocultação de dinheiro, como depósitos e transferências fracionadas em várias contas da quadrilha.
O nome do preso e a cidade em que ele foi encontrado no Ceará não foram divulgados pela Polícia do RJ.
A investigação revelou que os dois presos entraram em contato com um idoso de 75 anos por SMS, enviando um link de desconto para sua fatura do cartão de crédito. Após o idoso acessar o link, a quadrilha conseguiu realizar quatro transferências bancárias, totalizando aproximadamente R$ 130 mil.
Depois dessa movimentação, os criminosos ligaram para a vítima, se passando por gerentes do banco, e a convenceram de que os valores transferidos seriam estornados, mas que ela precisava transferir o restante do dinheiro em sua conta para que os estelionatários fossem localizados e presos pela Polícia Federal.
O homem afirmou que acreditava estar ajudando em uma investigação da PF e, por isso, fez cinco novas transferências. No total, o prejuízo chegou a R$ 1,17 milhão.
Após a investigação, que teve o apoio do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), oito pessoas foram indiciadas por estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. A Justiça decretou a prisão preventiva dos envolvidos e bloqueou todas as contas bancárias.
Segundo a PCERJ, o uso de diversas contas bancárias para ocultação e lavagem dos recursos obtidos de forma criminosa chamou a atenção dos agentes. Os valores obtidos da vítima foram distribuídos, e há suspeita da participação de pelo menos outras 30 pessoas nessa organização criminosa, considerada uma das maiores em atividade no país.
Todos os alvos de mandados de prisão possuíam várias contas bancárias, sendo que um deles tinha mais de 40 contas abertas. Com a operação desta quarta-feira, a 12ª DP, em Copacabana, no Rio de Janeiro, espera identificar os demais envolvidos no esquema criminoso.