Deolane Bezerra deixou o presídio em Buíque, no Agreste de Pernambuco, na tarde desta terça-feira (24). A influenciadora, empresária e advogada foi liberada após uma decisão do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), que beneficiou um total de 18 investigados.

Ela estava detida na Colônia Penal Feminina de Buíque desde o dia 10, como parte de uma operação contra lavagem de dinheiro e jogos ilegais. Inicialmente, a Justiça havia decretado sua prisão domiciliar, mas essa decisão foi revogada apenas um dia após sua transferência para o interior.

O habeas corpus que resultou em sua soltura foi concedido pelo desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, relator do caso, que acatou um pedido da defesa de Darwin Filho, também implicado no esquema, estendendo a medida aos demais detidos.

Ao deixar o presídio no Recife em 9 de agosto, Deolane deveria cumprir prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica. No entanto, teve o benefício revogado por descumprir uma ordem judicial que a proibia de se manifestar nas redes sociais e na imprensa.

Como condição para a liberdade provisória, ela e os outros investigados devem seguir algumas regras, incluindo:

- Não mudar de endereço sem autorização judicial prévia;

- Não se ausentar da comarca de residência sem autorização judicial;

- Não cometer novas infrações penais dolosas;

- Comparecer em até 24 horas no Juízo da 12ª Vara Criminal da Capital para assinar um Termo de Compromisso e atualizar seu endereço.

Além disso, o magistrado proibiu os investigados de frequentar empresas relacionadas à investigação da Operação Integration e de participar de qualquer decisão sobre a atividade econômica dessas empresas. Eles também estão impedidos de fazer publicidade ou mencionar qualquer plataforma de jogos.

O desembargador Guilliod determinou que os bloqueios de valores e o sequestro de bens solicitados pela Polícia Civil na investigação da Operação Integration permanecem em vigor.