O cenário político em Portugal após as eleições mostra uma clara tendência à direita, com a vitória da Aliança Democrática (AD), uma coalizão entre o Partido Social Democrata (PSD) e o Centro Democrático Social (CDS). No entanto, a vitória da AD ficou aquém das expectativas e a formação de um governo estável enfrenta desafios significativos.
O partido de direita radical liderado por André Ventura, o Chega, obteve resultados expressivos nas eleições, o que o coloca como um possível parceiro para uma coalizão governamental. No entanto, a inclusão do Chega no governo levanta preocupações sobre a estabilidade política e social, dada a natureza controversa de suas posições políticas.
As negociações para a formação de um governo serão fundamentais nos próximos meses, pois será necessário encontrar um equilíbrio entre os diferentes partidos para garantir uma maioria parlamentar e governabilidade eficaz. Se a AD optar por uma coalizão com o Chega, isso poderá gerar tensões e desafios adicionais no processo de governação.
Em última análise, os próximos meses serão cruciais para determinar se será possível formar um governo estável sem a necessidade de novas eleições antecipadas. A capacidade dos partidos políticos de negociar compromissos e encontrar soluções para os desafios enfrentados pelo país será determinante para o futuro político de Portugal.