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Maduro faz uma afirmação sem fundamentos ao afirmar que as eleições no Brasil não são auditadas

A Venezuela enfrenta desconfiança da comunidade internacional em relação ao seu processo eleitoral.

Publicada em 24/07/24 às 10:06h - 48 visualizações

Marcos Carneiro / Rede Mult de Comunicação


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Maduro faz uma afirmação sem fundamentos ao afirmar que as eleições no Brasil não são auditadas
Nicolás Maduro, há 11 anos no poder, busca garantir mais seis anos de mandato nestas eleições.  (Foto: Rede Mult de Comunicação)
Maduro, em um comício nesta terça-feira (23), alegou sem apresentar evidências que as eleições no Brasil não são auditadas, além de questionar os sistemas eleitorais dos Estados Unidos e da Colômbia. No entanto, o sistema eleitoral brasileiro é auditável em todas as suas etapas, conforme demonstrado em várias ocasiões anteriores. Maduro afirmou ainda que a Venezuela possui "o melhor sistema eleitoral do mundo" e que a oposição vai perder, tendo que aceitar a derrota.

Por outro lado, ao contrário do Brasil, a Venezuela enfrenta desconfiança da comunidade internacional em relação ao seu processo eleitoral. No início do ano, o Supremo Tribunal de Justiça, alinhado ao governo chavista, impediu que a opositora María Corina Machado e Corina Yoris concorressem às eleições, gerando críticas. Atualmente, a oposição venezuelana relata dificuldades para credenciar fiscais para a eleição presidencial marcada para o próximo domingo.

Nicolás Maduro, há 11 anos no poder, busca garantir mais seis anos de mandato nestas eleições. No último pleito, em 2018, diversos organismos internacionais, como a OEA (Organização dos Estados Americanos), a União Europeia, países como os EUA e a Austrália, além de outros observadores internacionais, não reconheceram os resultados como legítimos.

No contexto das eleições brasileiras, os processos de auditoria são múltiplos e complementares. Todas as etapas são acompanhadas por entidades nacionais e internacionais, bem como pelos partidos políticos. Em 2022, por exemplo, todos esses observadores atestaram a lisura do processo. Tentativas de indicar alguma possível fraude não apresentaram qualquer evidência.

Os principais mecanismos que asseguram a transparência e a auditoria da votação incluem a "zerésima". Antes de o primeiro eleitor votar em cada local de votação no país, e também nas urnas no exterior, todas as urnas eletrônicas geram a "zerésima". Esse extrato de votos mostra que a urna está vazia, confirmando que nenhum voto falso foi inserido anteriormente para qualquer candidato.

O processo eleitoral brasileiro conta com testes de segurança de integridade e autenticidade para garantir a correspondência entre os votos dados e os registrados pelas urnas. Na véspera das eleições, urnas selecionadas aleatoriamente são retiradas das seções de origem e levadas à sede do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para serem submetidas a um teste em salas com câmeras. O TRE simula uma votação convencional nessas urnas, digitando e confirmando votos para candidatos, cujos resultados são impressos e comparados para verificar a precisão do sistema.

Desde 2022, o teste inclui também a utilização da biometria de eleitores reais, tanto no primeiro quanto no segundo turno. Os eleitores são convidados a participar após votarem em suas seções eleitorais. Este processo, assim como outros realizados pela Justiça Eleitoral, é acompanhado por entidades e representantes de todos os partidos políticos e coligações.

Além disso, desde 2008, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) coleta os dados biométricos dos eleitores, utilizando impressões digitais únicas para cada cidadão, o que evita fraudes de identidade durante o processo de votação. Até junho de 2024, 82,69% dos eleitores brasileiros já haviam registrado suas biometrias, abrangendo mais de 131 milhões de votantes.

Em 2022, o Tribunal de Contas da União (TCU) analisou 3 mil boletins de urna sem encontrar divergências. Além disso, a Missão de Observação das Eleições (MOE) da Organização dos Estados Americanos (OEA) também destacou a eficiência das urnas eletrônicas neste mesmo ano.

Enquanto isso, em outra frente, o presidente venezuelano Nicolás Maduro fez comentários aludindo ao presidente brasileiro Lula (PT), após declarações anteriores de Lula sobre as eleições. Maduro previu uma "vitória eleitoral histórica" para aqueles que se "assustaram", em referência ao comentário de Lula sobre suas afirmações controversas sobre um possível "banho de sangue". Maduro afirmou que fez uma reflexão, não mentiu, e sugeriu que os que se sentiram alarmados deveriam tomar chá de camomila.

"Você já viu candidato ganhador com essa atitude na véspera de eleição?", questionou um diplomata.

As eleições na Venezuela são realizadas sob desconfiança internacional quanto à garantia de votações livres e democráticas pelo regime de Nicolás Maduro. O pleito está agendado para domingo (28).

O principal concorrente do atual presidente, selecionado através de uma coalizão de partidos de oposição, é o ex-diplomata Edmundo González.

González foi anunciado como candidato pela Plataforma Democrática Unitária (PUD) depois que Corina Yoris foi impedida de concorrer às eleições presidenciais. Em março, a PUD denunciou que o acesso ao sistema de inscrição da candidata foi negado.

O governo brasileiro expressou apoio a Yoris, argumentando que não havia razões para barrar sua candidatura. Em resposta, o regime de Maduro afirmou que a declaração brasileira parecia ter sido "ditada pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos".

Anteriormente, María Corina Machado, uma das principais candidatas a desafiar Maduro, também foi excluída da corrida eleitoral pelo Supremo Tribunal de Justiça, alinhado ao governo chavista.

Em outubro de 2023, o governo Maduro e a oposição assinaram o Acordo de Barbados, que previa a realização de eleições democráticas na Venezuela.



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