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Líderes mundiais contestaram vitória de Maduro

Estados Unidos, Alemanha, Espanha, Itália e União Europeia estão entre os países que contestam vitória de Maduro.

Publicada em 29/07/24 às 10:30h - 32 visualizações

Marcos Carneiro / Rede Mult de Comunicação


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Líderes mundiais contestaram vitória de Maduro
Maduro votou logo no começo do dia e afirmou que reconheceria os resultados oficiais.  (Foto: Fernando Vergara / Rede Mult de Comunicação)
As eleições na Venezuela, realizadas no domingo (28), apresentam resultados conflitantes, e a contagem dos votos continua na manhã desta segunda-feira (29).

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela anunciou que o presidente Nicolás Maduro obteve 51,2% dos votos, com 80% das cédulas já apuradas. No entanto, a oposição contesta esses números e afirma que seu candidato, Edmundo González, venceu Maduro com 70% dos votos.

Enquanto isso, líderes e autoridades de países como Rússia, China, Honduras, Cuba, Bolívia e Nicarágua parabenizaram Maduro pela vitória.

Veja abaixo quem contestou os resultados e quem parabenizou Maduro:

- Estados Unidos: secretário de Estado, Antony Blinken
- União Europeia: vice-presidente Josep Borrell Fontelles
- Reino Unido: Ministério das Relações Exteriores
- Chile: presidente Gabriel Boric
- Alemanha: Ministério das Relações Exteriores
- Argentina: presidente Javier Milei
- Uruguai: presidente Luis Lacalle Pou
- Espanha: ministro das Relações Exteriores, José Manuel Albares
- Itália: vice-primeiro-ministro Antonio Tajani
- Equador: presidente Daniel Noboa
- Peru: ministro das Relações Exteriores, Javier Gonzalez-Olaecha
- Colômbia: ministro das Relações Exteriores, Luis Gilberto Murillo
- Guatemala: presidente Bernardo Arevalo
- Panamá: presidente José Raúl Mulino

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, expressou "sérias preocupações de que o resultado anunciado não reflita a vontade ou os votos do povo venezuelano".

Josep Borrell Fontelles, vice-presidente da Comissão da União Europeia, declarou que, após o povo da Venezuela votar sobre o futuro do país de "maneira pacífica e massiva", "sua vontade deve ser respeitada". Ele ressaltou: "É vital assegurar a total transparência do processo eleitoral, incluindo a contagem detalhada dos votos e o acesso às atas de votação das mesas eleitorais."

O Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido divulgou uma nota expressando preocupação com as alegações de irregularidades nos resultados das eleições, pedindo a "publicação rápida e transparente dos resultados completos e detalhados para garantir que o resultado reflita os votos do povo venezuelano."

O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, declarou que o país se alinha à rejeição generalizada do resultado eleitoral. "Esperávamos que a vontade popular fosse respeitada, e essa situação foi desconsiderada. Agiremos individual e coletivamente em favor da democracia venezuelana. Anunciaremos as medidas que tomaremos de acordo com as regras interamericanas nas próximas horas", afirmou Mulino.

O presidente do Chile, Gabriel Boric, expressou que é "difícil de acreditar" na vitória de Maduro e que o Chile não reconhecerá nenhum resultado "que não seja verificável". Boric destacou: "A comunidade internacional e, sobretudo, o povo venezuelano, incluindo os milhões de venezuelanos no exílio, exigem total transparência das ações e do processo, e os auditores internacionais não se comprometem com o governo na conta da veracidade dos resultados."

O Ministério das Relações Exteriores da Alemanha comentou que "os resultados eleitorais anunciados não são suficientes para dissipar as dúvidas sobre a contagem dos votos" e pediu a publicação dos resultados detalhados de todas as seções eleitorais, além do acesso a todos os documentos de votação e eleitorais para a oposição e os observadores internacionais.

O presidente da Argentina, Javier Milei, manifestou, antes dos resultados das eleições, que a Argentina não reconhecerá "outra fraude" e expressou sua esperança de que as Forças Armadas, desta vez, "defendam a democracia e a vontade popular". Milei afirmou: "Os venezuelanos escolheram acabar com a ditadura comunista de Nicolás Maduro. Os dados anunciam uma vitória gigante da oposição e o mundo aguarda que reconheça a derrota depois de anos de socialismo, miséria, decadência e morte."

Maduro respondeu chamando Milei de "bicho covarde", "traidor da pátria" e "fascista e nazista" em seu discurso após a divulgação dos resultados.

O presidente do Uruguai, Luis Lacalle, também criticou os resultados: "Não é assim! Era um segredo aberto. Eles iam 'vencer' independentemente dos resultados reais. O processo até o dia da eleição e a contagem estavam claramente com falhas. Não se pode reconhecer um triunfo se você não pode confiar nos formulários e mecanismos usados para alcançá-lo."

O ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, afirmou que a vontade democrática dos venezuelanos deve ser respeitada "com a apresentação das atas de todas as mesas eleitorais para garantir resultados plenamente verificáveis". Ele acrescentou: "Pedimos que se mantenham a calma e civismo com os quais transcorreu a jornada eleitoral."

O vice-primeiro-ministro da Itália, Antonio Tajani, expressou dúvidas sobre o desenvolvimento regular das eleições na Venezuela e exigiu "resultados que possam ser verificados."

O Equador também criticou a falta de transparência nas eleições, que compromete e deslegitima o resultado do pleito, segundo comunicado do governo. O presidente equatoriano, Daniel Noboa, disse: "Em toda a região, há políticos que tentam se agarrar ao poder e que pretendem tirar a paz dos nossos cidadãos. É a isso que enfrentamos, esse é o perigo da ditadura, e hoje somos testemunhas de como mais um deles tenta tirar a esperança de milhões de venezuelanos."

Outro país da América Latina, o Peru, também se posicionou contra a aceitação de "a violação da vontade popular do povo venezuelano", conforme afirmou o presidente Javier Gonzalez-Olaecha. "Condeno em todas as extremidades a soma de irregularidades com a intenção de fraude cometida pelo governo venezuelano", disse ele.

O ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Luis Gilberto Murillo, solicitou a contagem total dos votos e uma auditoria independente. "Após manter contato permanente com todos os atores políticos envolvidos nas eleições presidenciais, consideramos essencial que as vozes de todos os setores sejam ouvidas. É importante esclarecer quaisquer dúvidas sobre os resultados. Pedimos que a contagem total dos votos, sua verificação e uma auditoria independente sejam realizadas o mais rápido possível", afirmou Murillo.

Quem parabenizou Maduro

- Rússia: presidente Vladimir Putin
- China: Ministério das Relações Exteriores
- Honduras: presidente Xiomara Castro
- Cuba: presidente Miguel Díaz-Canel Bermúdez
- Bolívia: presidente Luis Arce
- Nicarágua: presidente Daniel Ortega

De acordo com o Kremlin, Vladimir Putin enviou uma mensagem a Maduro nesta segunda-feira parabenizando-o pela vitória. "Estamos desenvolvendo relações em todas as áreas, incluindo áreas sensíveis", disse o comunicado do Kremlin.

A China, que mantém laços próximos com a Venezuela, parabenizou Nicolás Maduro por sua reeleição e afirmou que está "disposta a enriquecer a associação estratégica" com o país latino-americano, conforme informou um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores.

"Nossa especial felicitação e saudação Democrática, Socialista e Revolucionária ao Presidente Maduro e ao valente povo da Venezuela pelo seu triunfo incontestável, que reafirma sua soberania e o legado histórico do Comandante Hugo Chávez", declarou Xiomara Castro, presidente de Honduras.

"Felicitamos o povo venezuelano e o presidente Maduro pela vitória eleitoral deste histórico 28 de julho. Grande maneira de lembrar o Comandante Hugo Chávez. Acompanhamos de perto esta festa democrática e saudamos o respeito à vontade do povo venezuelano nas urnas", afirmou Luis Arce, presidente da Bolívia.

"Hoje triunfaram a dignidade e o valor do povo venezuelano sobre pressões e manipulações. Transmito ao irmão presidente Maduro nossas afetuosas felicitações por esta vitória histórica e o compromisso de Cuba de estar junto à Revolução Bolivariana e Chavista", disse Miguel Díaz-Canel Bermúdez, presidente de Cuba.

"Em plena fraternidade revolucionária e evolucionária, a Nicarágua bendita e sempre livre, nosso abraço de sempre, saudando a grande vitória que esse povo heroico entrega ao Comandante Eterno, no seu aniversário. A Nicolás, à juventude e a todas as famílias venezuelanas, nossa homenagem e saudação, em honra, glória e por mais vitórias", afirmou o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, em nota do governo.

Oposição contesta órgão eleitoral

Segundo o CNE, liderado por um aliado do presidente venezuelano, Maduro obteve 51,2% dos votos, enquanto o principal candidato da oposição, Edmundo González, recebeu 44%. O resultado sugere uma diferença de 704 mil votos entre os dois candidatos – como os dados finais ainda não foram divulgados, esses números podem mudar.

Minutos após a divulgação, Maduro declarou em discurso a apoiadores em frente ao Palácio de Miraflores, sede do governo venezuelano, que sua reeleição representava o triunfo da paz e da estabilidade. "O povo disse paz, tranquilidade; o fascismo na Venezuela, na terra de Bolívar e Chávez, não passará", afirmou Maduro.

Com o resultado, Maduro – um ex-motorista de ônibus de 61 anos que se tornou chanceler da Venezuela – deve permanecer no poder em Caracas por mais seis anos, somando 17 anos de governo. Hugo Chávez governou a Venezuela por 14 anos até sua morte, em 2013.

A oposição, que tem denunciado irregularidades, contestou os números divulgados pelo CNE, alegando que, segundo suas contas, Edmundo González obteve 70% dos votos, enquanto Maduro recebeu 30%. Resultados de duas pesquisas de boca de urna divulgadas pela agência Reuters indicavam vitória de González por larga vantagem.

"Queremos dizer ao mundo que a Venezuela tem um novo presidente eleito e é Edmundo González", afirmou Maria Corina Machado, líder da oposição que foi impedida pelo regime de Maduro de disputar a eleição.

Em um breve discurso, González – que assumiu a candidatura após o impedimento de Maria Corina – afirmou que "não descansaremos até que a vontade popular seja respeitada".

De acordo com o CNE, 59% dos eleitores participaram da votação, 13 pontos percentuais acima dos 46% registrados em 2018, quando Maduro conquistou seu segundo mandato em um pleito marcado por denúncias de fraude, boicote da oposição e alta abstenção.

Oposição pede contagem paralela

O anúncio do CNE ocorreu após horas de indefinição (em 2018, os resultados foram divulgados no mesmo dia da eleição). A oposição alegou que o governo estava impedindo o acesso às atas de votação e pediu que a população realizasse vigílias em família nos locais de votação para checar os resultados.

Em sua primeira coletiva para divulgar o boletim com resultados parciais das eleições, o CNE atribuiu a demora a uma "agressão ao sistema de transmissão de dados que atrasou de maneira adversa a transmissão dos resultados dessas eleições presidenciais". "Nas próximas horas estarão disponíveis na página do Conselho Nacional Eleitoral os resultados mesa por mesa, tal como historicamente temos feito graças ao sistema automatizado de votação. Igualmente, se entregará às organizações com fins políticos os resultados em um CD, conforme a lei", afirmou o CNE.

Repercussão

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, expressou que o país "tem sérias preocupações de que os resultados não refletem a vontade ou os votos do povo venezuelano".

O presidente do Chile, Gabriel Boric, afirmou que os resultados divulgados pelo regime chavista são "difíceis de crer". "Do Chile, não reconheceremos nenhum resultado que não seja verificável", disse o chefe do Executivo chileno.

O chanceler peruano, Javier González-Olaechea, condenou "ao extremo a soma de todas as irregularidades" do processo eleitoral.

Antes da divulgação dos resultados, outras lideranças internacionais haviam cobrado transparência e respeito aos resultados.

Votação teve longas filas

Apesar do clima de tensão – o pleito de 2024 foi considerado o mais desafiador para o chavismo em seus 25 anos – a votação ocorreu sem grandes episódios de violência. No entanto, em um ponto de votação em Caracas, houve confusão com empurrões e tapa na fila de eleitores antes da abertura dos portões.

"Eles não nos deixam entrar, por quê? Queremos votar, queremos ser uma nação venezuelana livre e não chavista nem madurista, para que estejamos todos juntos", disse o eleitor Oscar Marquina, segundo a Reuters.

Houve longas filas em vários locais de votação. O horário oficial de votação foi das 7h às 19h, mas eleitores que já estivessem na fila puderam votar mesmo após a hora programada.

Maduro votou logo no começo do dia e afirmou que reconheceria os resultados oficiais. González votou pouco depois das 14h e expressou sua crença de que as Forças Armadas respeitariam as votações. "Reconheço e reconhecerei o árbitro eleitoral, os boletins oficiais e garantirei que sejam respeitados", disse Maduro a repórteres, após deixar o local de votação.

Por sua vez, ao deixar o local de votação, González disse acreditar que as Forças Armadas venezuelanas respeitarão o resultado.



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