Ontem, segunda-feira (5), o Brasil passou a ser oficialmente responsável pelas embaixadas da Argentina e do Peru em Caracas, a capital da Venezuela, em virtude de um acordo "celebrado" entre as nações envolvidas.
A informação, divulgada anteriormente pelo Ministério de Relações Exteriores da Venezuela, foi posteriormente confirmada em nota pelo Palácio do Itamaraty. Este movimento segue a expulsão das equipes diplomáticas de pelo menos sete países – entre eles Argentina e Peru – pelo governo de Nicolás Maduro, após acusações de fraude nas eleições presidenciais.
A diplomacia brasileira está em processo de negociação com o governo de Nicolás Maduro e com representantes da oposição venezuelana para a formação de uma comissão composta pelos ministros das Relações Exteriores do Brasil, México e Colômbia.
A proposta é que a comissão, composta pelo brasileiro Mauro Vieira, pela mexicana Alicia Bárcena e pelo colombiano Luis Gilberto Murillo, atue como intermediária nas discussões sobre o resultado eleitoral na Venezuela.
O Ministério das Relações Exteriores está considerando a possibilidade de uma visita de Mauro Vieira à Venezuela. Fontes do Itamaraty consideram complicado para o Brasil reconhecer Nicolás Maduro como vencedor com base apenas na validação pela Suprema Corte, uma estratégia utilizada por Maduro para obter reconhecimento internacional, no entanto, no mesmo dia a União Europeia (UE) diz não reconhecer o resultado das eleições venezuelanas e demandam a divulgação de atas as eleições.