María Corina Machado, anunciou hoje que está disposta a fornecer "garantias, salvo-conduto e incentivos" para que Maduro se afaste do poder. Essa proposta surge no contexto da tentativa de Machado de provar que o candidato oposicionista, Edmundo González, venceu Maduro nas eleições realizadas em 28 de julho.
Machado Pede Apoio Internacional e Destaca a Responsabilidade Global pela Crise
Em uma entrevista à agência de notícias AFP, que foi concedida por áudio devido à sua situação atual de esconderijo — onde está desde a semana passada por temer por sua segurança —, Machado detalhou que a proposta inclui uma "transição negociada" de poder. “Estamos comprometidos em avançar com uma negociação. Será um processo de transição complexo e delicado, no qual vamos unir toda a nação”, explicou.
Machado também ressaltou que a comunidade internacional tem uma "responsabilidade compartilhada pelo que acontece na Venezuela" e pediu um aumento nos esforços para apoiar a reivindicação de vitória da oposição. “Acreditamos que a comunidade internacional desempenha um papel fundamental em apoiar nossa reivindicação e ajudar a garantir uma solução pacífica para a crise. O apoio e a presença internacional são essenciais para que possamos avançar com sucesso na transição”, afirmou.
Além disso, o presidente do Panamá ofereceu asilo a Nicolás Maduro, caso o presidente venezuelano concorde em deixar o cargo. Essa oferta de asilo ocorre em um momento crucial e reflete as complexas dinâmicas internacionais em torno da crise na Venezuela.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que é acusado de favorecer o chavismo, anunciou a vitória de Maduro com 52% dos votos nas eleições de julho, porém não publicou as atas oficiais, alegando que seu sistema foi invadido por hackers.
Ainda não houve uma resposta oficial do governo Maduro às propostas e à oferta de asilo, e a crise política e econômica na Venezuela continua a ser observada de perto pela comunidade internacional.
A oposição alega que o seu candidato, Edmundo González Urrutia, foi o vencedor das eleições com 67% dos votos. Para sustentar essa afirmação, eles apresentam um site que disponibiliza cópias de mais de 80% das atas digitalizadas, obtidas por meio de representantes que estiveram presentes na maioria dos locais de votação.
No sábado (3), uma contagem independente realizada pela agência de notícias Associated Press (AP), com base nas atas mencionadas, confirmou que o candidato oposicionista de fato venceu o pleito ocorrido na semana passada, com uma diferença de 500 mil votos.