No domingo, 11 de agosto de 2024, Rafael Grossi, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), anunciou que um ataque com drone atingiu a usina nuclear de Zaporizhzhia, na Ucrânia. O incidente provocou uma série de explosões e gerou uma espessa fumaça escura na parte noroeste da instalação, danificando uma das torres de resfriamento.
Embora a AIEA tenha descartado riscos imediatos de radiação elevada, solicitou acesso urgente à torre para avaliar os danos. As torres de resfriamento, situadas ao norte do tanque de resfriamento e fora do perímetro da usina, são cruciais para a geração de energia, mas danos a essas estruturas não comprometem diretamente a segurança da unidade.
Grossi alertou que "esses ataques imprudentes comprometem a segurança nuclear e aumentam o risco de um acidente nuclear", fazendo um apelo para a cessação imediata de tais ações e a necessidade imperiosa de proteger as instalações nucleares.
Acusações e Reações
Kiev e Moscou se acusam mutuamente pelo ataque. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia atribuiu o bombardeio aos ucranianos e exigiu que a AIEA identifique o responsável, observando que "o silêncio sobre o ocorrido perpetua a sensação de impunidade de Kiev".
Por sua vez, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que o incêndio foi causado pelos "ocupantes russos" que controlam a usina. Zelensky assegurou que os níveis de radiação permanecem normais, mas alertou que "o risco de novos incidentes persiste enquanto os ocupantes russos continuarem no controle da usina".