Nesta segunda-feira (12), o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, exigiu uma abordagem "dura" dos poderes do Estado em resposta aos protestos que surgiram após sua reeleição, proclamada em 28 de julho. A oposição alegou fraude eleitoral, o que gerou uma onda de manifestações.
O procurador-geral Tarek William Saab relatou que os protestos resultaram em pelo menos 25 mortes e 192 feridos. "Esses eventos foram marcados por ações criminosas e terroristas. Durante as manifestações, 25 pessoas foram mortas, incluindo dois membros da Guarda Nacional Bolivariana, vítimas da extrema direita", afirmou Saab, conforme reportado pela AFP.
Esse número é próximo ao registrado por organizações de direitos humanos, que reportaram 24 mortes relacionadas aos distúrbios.
A Missão Internacional Independente do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas também se manifestou nesta segunda-feira, pedindo a imediata cessação da repressão às manifestações e exigindo uma investigação "minuciosa" dos eventos por parte do governo venezuelano.
A Missão revelou que, desde 28 de julho, pelo menos 1.260 pessoas foram detidas, incluindo 160 mulheres. Entre os detidos estão líderes políticos, simpatizantes de partidos opositores, jornalistas e defensores dos direitos humanos.
Além disso, o promotor do Tribunal Penal Internacional (TPI) afirmou que está acompanhando de perto a situação na Venezuela e recebeu diversas denúncias de violência pós-eleições. O promotor iniciou um diálogo com o governo venezuelano para ressaltar a importância do respeito ao Estado de direito durante este período.