A Rússia elevou a intensidade de seus ataques com mísseis e drones contra a Ucrânia nesta terça-feira (27), conforme relatado pela Reuters com base em informações do Exército ucraniano. A ofensiva, que afetou várias regiões do país, resultou na morte de pelo menos quatro pessoas, um dia após o maior ataque aéreo de Moscou desde o início da guerra, em fevereiro de 2022.
Na cidade de Kryvyi Rih, no centro da Ucrânia, dois civis morreram quando um hotel foi destruído. Outras duas pessoas foram mortas e quatro ficaram feridas em ataques com drones na cidade de Zaporizhzhia, a leste de Kryvyi Rih.
Também há relatos de que dois civis podem estar sob os escombros do hotel em Kryvyi Rih, onde cinco pessoas ficaram feridas. O governador da região de Dnipropetrovsk, Serhiy Lisak, informou pelo Telegram que o ataque danificou seis lojas, quatro prédios de vários andares e oito carros.
A defesa aérea da região de Kiev teve que intervir várias vezes durante a noite para neutralizar mísseis e drones que visavam a capital.
De acordo com a força aérea ucraniana, pelo menos 60 drones e cinco mísseis foram abatidos, enquanto a Rússia afirmou ter lançado 10 mísseis e 81 drones, conforme relatado pela Reuters.
Testemunhas em Kiev relataram pelo menos três séries de explosões durante a noite.
No ataque de segunda-feira (26), a Rússia disparou mais de 200 mísseis e drones, resultando na morte de pelo menos sete pessoas e causando danos significativos à infraestrutura energética. O presidente dos EUA, Joe Biden, chamou o ataque de "ultrajante".
Blogueiros militares russos, incluindo o coletivo pró-guerra Rybar, caracterizaram os ataques como uma "retaliação" pela incursão ucraniana em Kursk — a primeira desse tipo desde a Segunda Guerra Mundial. O Kremlin prometeu uma resposta à incursão de Kursk, embora três semanas tenham se passado desde o incidente.
Ainda não foi possível avaliar completamente o tamanho e o impacto dos ataques desta terça-feira. A força aérea ucraniana relatou a detecção de vários grupos de drones e a decolagem de bombardeiros estratégicos Tu-85 e aeronaves interceptoras MiG-31 pelos russos. Até o momento, a Reuters não conseguiu confirmar independentemente os relatos.
O Kremlin nega intencionalmente atingir civis na guerra com a Ucrânia, afirmando que os ataques na segunda-feira focaram na infraestrutura energética crítica do país.