Após a ordem de prisão emitida pela Justiça venezuelana contra Edmundo González, um opositor nas eleições presidenciais de julho. A decisão, que ocorreu na segunda-feira (2), seguiu um pedido da Procuradoria-Geral da Venezuela.
González é acusado de desacato, fraude documental, associação criminosa, conspiração, delitos informáticos e incitação à desobediência, por supostamente ter criado um site com atas de votação que alegam comprovar a vitória da oposição.
Lula afirmou que Caracas está se distanciando da comunidade internacional. Embora ainda não tenha rotulado Maduro como ditador, Lula reconhece que a Venezuela está avançando em uma trajetória autoritária. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, deve se encontrar com Lula nesta terça-feira (3) para discutir a crise.
Lula intensificou suas críticas a Maduro e anunciou que não reconhecerá a vitória de Maduro nem a de González até que as atas de votação sejam divulgadas. No dia 22 de agosto, o Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela declarou Maduro vencedor e proibiu a divulgação das atas eleitorais.
Apesar da decisão da Suprema Corte, Brasil e Colômbia mantêm a posição de não reconhecer a vitória de Maduro e exigem a apresentação das atas eleitorais.
Dentro do governo, há divergências sobre a abordagem a ser adotada; enquanto alguns assessores de Lula advogam por manter canais de diálogo com Caracas, o Itamaraty considera que há pouco espaço para concessões diante do fortalecimento do regime autoritário na Venezuela.