A Controladoria-Geral da União (CGU) decidiu rever o processo administrativo disciplinar (PAD) que culminou na demissão da professora Emy Virginia Oliveira da Costa pelo Instituto Federal do Ceará (IFCE).
A docente foi demitida após a instituição decidir que ela faltou trabalho por mais de 60 dias, em 2019, sem justificativa plausível. Emy, que é transexual, atuava como professora do campus Tianguá do IFCE desde 2016. Ela afirma que as ausências foram motivadas por um curso de doutorado que ela começou em 2019, na Universidad de la República, no Uruguai. A pós-graduação exigia que ela comparecesse em Montevidéu para ciclos de seminários que duravam em torno de quatro semanas.
Ela relata que, devido a um trâmite burocrático interno (uma autorização de transferência para outro campus do IFCE), não poderia solicitar afastamento para a realização do doutorado em outro país.