Nesta segunda-feira, a Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário do Ceará (CGD) revelou detalhes alarmantes sobre a atuação de um grupo criminoso envolvendo policiais militares na região do Grande Pirambu, em Fortaleza. Segundo as autoridades, este grupo está ligado a crimes graves como homicídios, extorsões, tráfico de drogas e até comércio ilegal de armas de fogo.
A investigação resultou na prisão de quatro policiais militares suspeitos de integrar essa organização criminosa. A operação conjunta da CGD, da Delegacia de Assuntos Internos (DAI), da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS), da Coordenadoria de Inteligência (Coin) da SSPDS e da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) da Polícia Civil do Ceará (PCCE) também cumpriu sete mandados de busca e apreensão para coletar mais evidências sobre as atividades ilícitas do grupo.
A gravidade dos crimes cometidos pelo grupo foi sublinhada pela CGD, que apontou a ocorrência de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) atribuídos aos membros da milícia, tanto contra policiais quanto contra suspeitos de crimes na região. A situação chegou a um ponto crítico com o assassinato de dois policiais militares envolvidos na milícia: o soldado Bruno Lopes Marques, de 27 anos, executado em 12 de fevereiro deste ano, e o cabo José Heliomar Adriano de Souza Filho, 42 anos, morto a tiros em 12 de maio.
Além desses trágicos eventos, outros seis policiais militares foram feridos em um confronto armado com membros da facção Comando Vermelho, no mesmo mês de fevereiro. Este incidente evidencia a intensa rivalidade territorial entre grupos criminosos na área do Grande Pirambu.
A CGD também informou que o grupo de extermínio formado por policiais militares é suspeito de ter cometido um duplo homicídio na madrugada de 15 de fevereiro, em um ato de represália pela morte do soldado Bruno Lopes Marques.
As autoridades seguem trabalhando para identificar outros possíveis envolvidos e para esclarecer completamente as atividades ilegais praticadas pelo grupo desmantelado. A população e as instituições de segurança pública reiteram o compromisso de combater a corrupção e a criminalidade dentro das forças de segurança do estado, garantindo a segurança e o bem-estar da comunidade cearense.