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Política

Promotor do Gaeco Afirma que PCC Está Envolvido em Assassinatos de Presos Acusados de Plano para Matar Sergio Moro

Lincoln Gakiya declarou que assassinatos na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau (SP) não ocorrem sem a autorização da facção criminosa.

Publicada em 18/06/24 às 16:30h - 53 visualizações

Marcos Carneiro / Rede Mult de Comunicação


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Promotor do Gaeco Afirma que PCC Está Envolvido em Assassinatos de Presos Acusados de Plano para Matar Sergio Moro
Promotor de Justiça do Gaeco, Lincoln Gakiya  (Foto: Leonardo Bosisio / g1 / Rede Mult de Comunicação)
O promotor de Justiça Lincoln Gakiya afirmou ao g1 que acredita que os assassinatos dos dois presos acusados de integrar um plano criminoso para sequestrar e executar o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e outras autoridades de segurança pública no Brasil foram executados a mando da cúpula da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

Janeferson Aparecido Mariano Gomes, o Nefo, e Reginaldo Oliveira de Sousa, o Rê, ambos de 48 anos, foram encontrados mortos na Penitenciária Maurício Henrique Guimarães Pereira, a P2, em Presidente Venceslau (SP) nesta segunda-feira (17).

O integrante do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPE-SP) afirmou que na P2 não acontece nenhum crime que não tenha sido determinado ou permitido pelo PCC.

“Eu tenho dito na verdade que os indícios indicam que houve uma ordem, uma determinação da cúpula. Porque eles [Nefo e Rê] eram integrantes do PCC e eram integrantes importantes. O Reginaldo, o Rê, era um dos líderes de rua do PCC em São Paulo, e o Janeferson, o Nefo, era o responsável pelo setor que eles chamam de 'Restrita', que é um setor que existe para cometer atentados e resgates,” disse Lincoln Gakiya.

Reginaldo e Janeferson haviam sido presos em março de 2023, durante a Operação Sequaz, que investigou o plano elaborado pela facção criminosa contra os agentes públicos, como o senador Sergio Moro, o próprio promotor do Gaeco e outras autoridades.

Para Gakiya, há chances de os crimes terem sido uma "queima de arquivo" ou um "acerto de contas" dentro do próprio PCC.

“É prematuro dizer isso ainda, mas pode ser uma queima de arquivo. Pode ser, na verdade, um dos corréus da Operação Sequaz que está em liberdade, que é o Patrick Ueliton Salomão, o vulgo dele é ‘Forjado’. Esse indivíduo é um 'sintonia final' do PCC de rua e ele teve uma desavença com o Janeferson, porque a foto dele, o Patrick, junto com a do Rê e de outros acabaram sendo de conhecimento aqui do Gaeco e da Polícia Federal, porque o Janeferson fez um print de tela durante uma conversa da 'sintonia final' dos integrantes de cúpula,” disse.

Apesar do conhecimento da desavença, o promotor reforçou que ainda não é possível saber se Patrick foi o mandante dos assassinatos de Nefo e Rê.

"Inclusive, as vítimas, se tivessem alguma dúvida ou algum receio de que seriam mortas, normalmente pedem para ser retiradas da unidade", ressaltou Gakiya.

Canivete e Punhal Apreendidos

A Polícia Civil identificou os detentos suspeitos de envolvimento nas mortes de Nefo e Rê. São eles:

- Elidan Silva Ceu, vulgo Alemão e Talibam, de 45 anos;
- Jaime Paulino de Oliveira, vulgo Japonês, de 47 anos;
- Luis Fernando Baron Versalli, vulgo Teo, VV, Barão e Barom, de 53 anos;
- Ronaldo Arquimedes Marinho, vulgo Saponga, de 53 anos.

Após o crime, o delegado de Polícia Civil responsável pelo caso, Marcelo Magalhães, e a equipe de investigação compareceram ao local dos fatos. Na Penitenciária 2, os policiais encontraram e apreenderam dois instrumentos utilizados nos crimes, sendo um canivete e um punhal, ambos de produção artesanal.

Segundo o Boletim de Ocorrência, um short roxo também foi apreendido, pois teria sido usado por Saponga durante as execuções. Os outros itens foram entregues por Japonês aos policiais penais logo em seguida.

Dinâmica dos Assassinatos

Através de vídeos de câmeras de monitoramento e depoimentos dos policiais penais que trabalham na P2, foi possível constatar o envolvimento dos quatro detentos e a dinâmica dos fatos.

Conforme a Polícia Civil, as imagens da câmera que filma a porta do banheiro mostram a movimentação dos envolvidos e de Reginaldo Oliveira de Sousa, o Rê, em um dos sanitários do pátio do pavilhão 1 da P2, que é utilizado pelos detentos como barbearia. Algum tempo depois, os presos deixam o local, exceto Rê.

Um segundo vídeo da câmera de monitoramento que filma o pátio do pavilhão mostra Jaime, Luis e Ronaldo perseguindo e atacando Janeferson, o Nefo, enquanto Elidan permanece próximo a uma ala conhecida como "gaiola" para evitar que a vítima alcançasse e sobrevivesse, caso conseguisse se desvencilhar dos outros três, segundo o Boletim de Ocorrência.

Rê foi encontrado no banheiro deitado de bruços, com diversas perfurações na barriga e na cabeça (à esquerda), e um corte no pescoço (à direita), além de lesões aparentemente ocasionadas por luta corporal.

Nefo, por sua vez, foi encontrado no pátio também de bruços e com diversas perfurações no abdômen e no peito e um corte no pescoço, além de marcas de luta corporal.

Homicídios Duplamente Qualificados

Segundo o delegado, todos os quatro suspeitos foram interrogados, mas nenhum deles confessou ou prestou informações úteis sobre os crimes. Ronaldo e Elidan negaram as acusações e Jaime e Luis ficaram em silêncio.

Ao final, o delegado determinou a prisão em flagrante dos quatro homens por homicídios duplamente qualificados "pelo motivo torpe e pelo emprego de recurso que dificultou a defesa dos ofendidos". Marcelo Magalhães também representou à Justiça pela decretação das prisões preventivas dos envolvidos, que passarão por audiência de custódia nesta terça-feira (18).

Os quatro suspeitos permanecem presos na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, onde todos cumpriam penas por homicídios.

O Instituto Médico Legal (IML) realizou exames necroscópicos nas vítimas e de corpo de delito de forma cautelar nos detentos acusados. Agentes da perícia criminalística também realizaram entrevistas e exames na penitenciária.

O caso continuará sendo investigado pela Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Presidente Venceslau.



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