No sábado, 2, o prefeito Roberto Pessoa (União Brasil) teve como opções para vice Gerson Cecchini e Firmo Camurça. A escolha foi oficializada em convenção na manhã de domingo, 4. O ex-secretário de Gestão, Orçamento e Finanças, Gerson Cecchini (PT), foi escolhido como candidato a vice-prefeito na campanha de reeleição de Pessoa. O evento contou com uma ampla aliança de partidos de esquerda e direita.
“O povo reconhece o trabalho do político que faz, que tem espírito político. Essa aqui é a apoteose. Eu tenho muita idade, já fui a muitos eventos, mas igual a esse, não”, afirmou o prefeito, que acrescentou que, se reeleito para o quarto mandato, seu foco será na “ação social”. disse Gerson Cecchini (PT).
Entre os presentes no palanque estavam o deputado Júlio César Filho, conhecido como Julinho (PT), que buscou candidatar-se, além de seu pai, o vereador Júlio César (PSD), ex-adversário de Pessoa. Também marcaram presença o deputado federal José Airton Cirilo (PT) e o ex-senador Inácio Arruda (PCdoB), além da vice-governadora Jade Romero (MDB).
Do lado da direita, estavam o deputado federal Danilo Forte e o ex-governador Lúcio Alcântara, ambos do União Brasil. O correligionário Capitão Wagner (União Brasil), que foi secretário municipal da Saúde no mandato atual de Roberto Pessoa, não compareceu ao evento.
Outro ausente foi o deputado estadual Firmo Camurça (União Brasil), ex-prefeito e ex-vice-prefeito nas primeiras gestões de Pessoa. O prefeito expressou seu desconforto com a ausência do “grande amigo” Firmo Camurça, mas enfatizou que “a fila anda”.
Na noite de sábado, 3, Roberto Pessoa informou nas redes sociais que as opções para o cargo de vice haviam se reduzido a Gerson e Camurça, e que a decisão seria tomada na convenção.
Após o evento, Pessoa comentou: “Um companheiro de 20 anos não vir? Fiquei insatisfeito, mas isso é uma insatisfação momentânea”. Sobre não manter o atual vice-prefeito Neton Lacerda, respondeu: “O atual vice é ligado ao Firmo, né?”. Em seguida, reiterou que “a fila anda”.
Gerson, o candidato a vice, destacou em coletiva de imprensa que trabalha com Pessoa há 26 anos e que a oportunidade de fazer parte da chapa era um sonho seu. “Sempre ao lado dele e, neste momento, era um sonho meu. Além de ser técnico da parte mais burocrática da Prefeitura, era um sonho que eu fizesse parte de uma chapa para que a gente possa fazer ainda mais por Maracanaú”, afirmou.
Quando questionado sobre se a escolha do vice ajudaria a suprir a ausência da candidatura petista de Julinho, Gerson citou outros fatores como determinantes para sua escolha. “O prefeito me designou para fazer [a campanha do] o segundo turno do Lula aqui em Maracanaú e, neste momento, eu me aproximei ainda mais do PT. Tivemos uma relação muito boa esses dois anos com o governo Elmano e foi aí que, por esse trabalho que eu tenho também político em Maracanaú, sempre junto com o PT, os deputados Zé Airton e José Guimarães nos convidaram para vir ao PT e exatamente para estar neste momento sendo escolhido vice-prefeito”, explicou Gerson.
O deputado federal José Airton ressaltou que a “consagração da vice” petista foi decidida em diálogo com o ministro da Educação, Camilo Santana, sob as “bênçãos” do presidente Lula, e com apoio dos colegas de Câmara dos Deputados José Guimarães, Luizianne Lins, todos do PT, e Fernanda Pessoa (União Brasil). Ele também prestou respeito à postura de Julinho ao apoiar Pessoa após ser impedido de pleitear a candidatura.
“Quero dedicar homenagem, Julinho, a você, seu pai e sua mãe, por compreender este momento de Maracanaú”, disse Airton.
O deputado estadual reforçou que a convenção foi marcada pela “união em prol de Maracanaú”. “Neste palanque, nós temos vários ex-prefeitos e toda a história do município. Todos unidos deixando algumas diferenças do passado para trás e, agora, vamos nos dedicar naquilo que nos converge, que é o bem-estar da população maracanauense”.
Zé Airton também destacou a “união de forças políticas que Roberto Pessoa tem”. “Antes de mim, esteve aqui o nosso ex-governador Lúcio Alcântara, com quem eu tive embate político na minha campanha para governador em 2002, naquela campanha ‘Lula lá e Zé Airton Cá’, e hoje nós estamos no mesmo palanque para construir um Maracanaú cada vez maior.”
