Camilo Santana, ministro da Educação, afirmou não ter interesse em disputar a presidência em 2026, mesmo com seu nome em alta no cenário cearense e nacional após a vitória apertada de Evandro Leitão (PT) sobre André Fernandes (PL) em Fortaleza. Santana, que teve papel importante na articulação da campanha de Leitão, reafirmou seu compromisso com o Ministério da Educação e com o presidente Lula. “Tenho um mandato de senador, são oito anos ainda, então não tenho a intenção de disputar nada em 2026”, disse ele à CartaCapital durante o evento “Semana Ceará: Centro Global da Educação”, que ocorre até 2 de novembro. “Minha motivação agora é contribuir com o Ministério da Educação, com o presidente Lula.”
Fortaleza foi a única capital brasileira a eleger um prefeito do PT, com Leitão vencendo por uma margem de 0,76% — cerca de 10,900 votos. Na campanha, Camilo Santana esteve ao lado de importantes líderes cearenses, incluindo o governador Elmano de Freitas (PT) e o senador Cid Gomes (PSB), que também apoiaram Leitão. Por outro lado, Ciro Gomes, irmão de Cid, foi acusado por membros do PDT de trabalhar nos bastidores em apoio a Fernandes, o que intensificou divisões no partido.
O ministro comentou sobre a relevância do alinhamento entre os governos federal, estadual e municipal no Ceará, que pela primeira vez estarão sob o comando de aliados. “O Ceará terá, pela primeira vez, os três poderes – federal, estadual e municipal – alinhados, o que traz uma responsabilidade enorme para o partido, não é? Sempre defendemos aqui a importância desse alinhamento, pois quem ganha é a população”, destacou Camilo. Ele também ressaltou a importância de fortalecer o diálogo com setores diversos da sociedade: “Precisamos fortalecer o diálogo com todos os setores da sociedade e buscar consensos naquilo que é essencial para transformar a vida das pessoas.”
Camilo Santana também informou que está prevista uma reunião entre o prefeito eleito Evandro Leitão e o presidente Lula, na qual Leitão apresentará as prioridades de seu plano de governo que exigem apoio federal. “Me coloco à disposição para participar”, acrescentou o ministro.