A demissão de Prates ocorreu pessoalmente, com a presença do presidente, do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e do ministro da Casa Civil, Rui Costa. Segundo fontes, desentendimentos recorrentes com o governo levaram à decisão. Prates não estava alinhado com Silveira há algum tempo, e o episódio envolvendo o pagamento dos dividendos aos acionistas foi um ponto de atrito adicional. Durante a votação sobre o pagamento dos dividendos extraordinários, Prates se absteve, desagradando o governo.
Magda Chambriard, a próxima presidente da Petrobras, já trabalhou como diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) durante o governo Dilma Rousseff (PT) e possui mais de 20 anos de experiência na Petrobras. A indicação de Prates para a presidência da estatal ocorreu antes mesmo de Lula tomar posse em 2022.
O pagamento dos dividendos extraordinários foi aprovado pelo Conselho de Administração da Petrobras em 25 de abril. A remuneração total aos acionistas referente a 2023 está estimada em R$ 94,3 bilhões, incluindo antecipações aprovadas ao longo do ano passado e pagas até março de 2024, além da proposta de dividendos complementares.