As recentes inundações no Rio Grande do Sul resultaram no fechamento temporário do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, interrompendo a chegada de órgãos destinados a transplantes no estado. Esta situação coloca em risco a saúde de até 2,7 mil pessoas que aguardam por transplantes. Diante disso, as autoridades estão concentrando esforços na captação de órgãos dentro do próprio estado para atender às necessidades dos pacientes na lista de espera.
O Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, que era o principal ponto de chegada e saída de órgãos destinados a transplantes no estado, mas está fechado desde o dia 3 de maio. A informação foi confirmada pela Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul à BBC News Brasil.
"As ofertas provenientes da Central Nacional de Transplantes foram suspensas devido à falta de acesso ao aeroporto Salgado Filho. Contamos atualmente com apenas duas pistas de acesso a aeronaves nos municípios de Caxias do Sul e Canoas", disse a nota enviada.
Procurado, o Ministério da Saúde não respondeu aos questionamentos feitos pela reportagem da BBC News Brasil.
As inundações foram devastadoras, causando a perda de mais de 150 vidas e afetando 92% dos municípios gaúchos. Este é considerado o pior desastre climático da história do Rio Grande do Sul e um dos mais graves do Brasil.
Rogério Caruso, chefe da divisão de Regulação Hospitalar do Estado, expressou preocupação com a temporária saída do Rio Grande do Sul da rede nacional de transplantes, alertando para o possível prejuízo aos pacientes na fila de espera.
Infelizmente, essa situação coloca em risco a vida de alguns pacientes. Enquanto alguns na fila de transplante não enfrentam risco imediato, outros correm perigo iminente.