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Empregada doméstica foi explorada pelas patroas por 40 anos: 'Nunca recebi salário'

Mais de 3 mil trabalhadores em situação análoga à escravidão foram resgatados em um ano no Brasil, incluindo Maria Raimunda.

Publicada em 17/07/24 às 09:05h - 36 visualizações

Marcos Carneiro / Rede Mult de Comunicação


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Empregada doméstica foi explorada pelas patroas por 40 anos: 'Nunca recebi salário'
Maria, de 61 anos, ainda reside na casa onde trabalhou em Belo Horizonte, Minas Gerais.  (Foto: Profissão Repórter / Rede Mult de Comunicação)
O Profissão Repórter desta terça-feira (16) revelou que esse é o maior número em 14 anos. Maria, de 61 anos, ainda reside na casa onde trabalhou em Belo Horizonte, Minas Gerais. Há um ano, fiscais, após uma denúncia, descobriram que Maria estava em condições análogas à escravidão por 40 anos. Uma foto é um raro registro da empregada doméstica ao lado da patroa.

“Quando eu cheguei na casa dela, eu dormi em cima de uma tábua e depois. Nem banheiro eu tinha”, conta Maria.

Ela nunca teve coragem de denunciar suas patroas, que nunca pagaram seu salário. "Nunca pagou o salário, não. Eu falava para ela pagar o salário e ela falava: ‘Ah, Maria, ano que vem eu pago salário para você’. Fui ficando, ficando o resto da vida até ela falecer.”

Segundo os advogados de defesa, Maria chegou a engravidar e teve um filho em 1982. “Ninguém aqui viu quando estava grávida, porque eu ficava só dentro de casa fazendo serviço com um barrigão. O menino era bonitinho mesmo”, lembra.

Uma enfermeira que morava nas proximidades e participou do parto teria desaparecido com o recém-nascido.

Thais Rosa, vizinha, quase não via Maria, mas ouvia claramente os sinais de maus-tratos. “Ela não podia ligar uma televisão, ela não podia abrir a casa. A senhorinha chamava ela 24 horas. Às vezes, eu a via brigando com a senhorinha para ir lá comprar as coisas para comer”, conta Thais.

Além da vizinha Shirley Magda, auditoras do Ministério do Trabalho e advogadas da Universidade Federal de Minas Gerais têm apoiado Maria.

"A minha família, eu falo que é a minha vizinha e essas pessoas que eu arrumei agora, que estão aí me acompanhando”, diz Maria.

Após 40 anos de exploração, Maria circula pela casa como dona. “As exploradoras não tinham herdeiros direitos, os herdeiros eram sobrinhos. E a gente conseguiu que essa casa fosse direito pra Maria, fosse transferida direto para a Maria”, afirma a advogada Fernanda de Mendonça Melo.

Com um acordo feito com os herdeiros da antiga casa, o processo judicial não continuou, e até hoje não há notícias sobre o filho de Maria.




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