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Em meio ao conflito entre facções, Quintino Cunha registra 12 homicídios em um período de 5 meses.

O conflito começou quando membros da facção PCC decidiram se unir ao CV. Líderes das organizações criminosas na área foram presos.

Publicada em 14/10/24 às 11:41h - 44 visualizações

Renan Feitosa / Rede Mult de Comunicação


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Em meio ao conflito entre facções, Quintino Cunha registra 12 homicídios em um período de 5 meses.
ASSASSINATO no bairro Quintino Cunha.  (Foto: Reprodução Redes Sociais / Rede Mult de Comunicação)
Um homem, cuja identidade ainda não foi confirmada, foi morto a tiros na noite do dia 7 de outubro, na comunidade do Sossego, no bairro Quintino Cunha, em Fortaleza. Este é o mais recente assassinato em um bairro que se tornou um dos mais violentos da Capital em 2024.

Levantamentos do O POVO indicam que, entre maio e outubro, pelo menos 12 homicídios foram registrados no Quintino Cunha, ligados à disputa entre as facções criminosas Comando Vermelho (CV) e Primeiro Comando da Capital (PCC).

A Polícia Civil prendeu os homens considerados líderes das duas facções no bairro. Inquéritos aos quais O POVO teve acesso revelam que o conflito começou quando criminosos do PCC anunciaram, por meio de vídeos nas redes sociais, que deixariam a facção para se unir ao CV.

As investigações mostraram que, até então, o crime na comunidade do Sossego era dividido em duas áreas de influência: na parte “de cima” atuava Francisco Lindolfo de Souza, de 32 anos, conhecido como “Gogó”, e na parte “de baixo” estava o grupo de Laudênio Rodrigues Santos Gomes, o “Russo”, de 35 anos. Anteriormente aliados no PCC, Lindolfo e Laudênio se tornaram rivais após a migração de Laudênio para o CV. Um policial militar, ouvido no inquérito sobre a morte de Francisco Joacy Lima de Oliveira, de 32 anos, que ocorreu em 6 de maio, afirmou que "boatos" sugeriam que o conflito começou após assaltos na área de Lindolfo, cometidos por pessoas ligadas a Laudênio.

A morte de Francisco Joacy, conhecido como Queixão, foi a primeira a ser relacionada pela Polícia Civil como consequência dessa cisão. De acordo com o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Queixão era integrante do PCC e, a mando de Lindolfo, foi ao local do crime para uma reunião com comparsas, com a intenção de convencer os seguidores de Laudênio a permanecerem no PCC. Contudo, essa reunião era, na verdade, uma armadilha, pois Laudênio já havia decidido matar Queixão. Uma testemunha relatou ter visto um grupo de cerca de dez pessoas armadas surgindo da rua Edna Neves, quando começaram os disparos. Além de Queixão, outras três pessoas foram baleadas, mas sobreviveram. Após sua morte, o PCC decidiu se vingar e, em 4 de junho, Francisco Jefferson de Lima, o “Poeta”, foi morto a tiros.

O crime mais violento aconteceu em 14 de julho, quando duas pessoas foram mortas e outras duas feridas. A Polícia Civil atribuiu este crime ao PCC, e as vítimas eram familiares e aliados de Laudênio. O CV é responsável por cinco homicídios entre maio e setembro, conforme um relatório da 6ª DHPP. Em 26 de julho, Laudênio foi preso, e sua esposa, Francisca Nádia Ribeiro Ferreira, de 29 anos, foi detida em 13 de setembro, suspeita de ter assumido o lugar do marido e ordenado assassinatos na região. Lindolfo foi preso em 20 de setembro e ambos negaram ser membros das facções. Em seu depoimento, Lindolfo afirmou não entender por que é apontado como chefe do PCC na área e desconhecia a filiação de Laudênio e Francisca ao CV.

Francisca Nádia, por sua vez, alegou que as acusações de Lindolfo eram falsas e resultavam de ameaças que ele havia feito ao casal, levando-os a deixar a comunidade. No entanto, pessoas capturadas, suspeitas de serem faccionadas, confirmaram em depoimento o papel de liderança de Lindolfo, Laudênio e Francisca Nádia.

A seguir, uma linha do tempo dos homicídios ocorridos no Quintino Cunha em 2024:

- 6 de maio — Francisco Joacy Lima de Oliveira, de 32 anos. Queixão foi a primeira vítima associada à cisão. Laudênio foi apontado como mandante e Francisco Jefferson de Lima e Francisco Aglailton Nogueira Sales como executores.
  
- 4 de junho — Francisco Jefferson de Lima, de 28 anos. Conhecido como Poeta, ele foi assassinado em vingança pelo PCC por sua participação na morte de Queixão.

- **13 de julho** — Leandro da Silva Rodrigues, de 30 anos. O crime ocorreu quando o autor atirou em Leandro durante um convite para roubo, como parte de um “batismo” para entrar no CV.

- 14 de julho — Antônia Glauciene de Souza Abreu, de 30 anos, e João Marcos Nunes do Nascimento, de 24 anos. Eles foram mortos em um ataque atribuído ao PCC.

- 26 de julho — Francisco Genésio Sousa, de 39 anos. Conhecido como Djow, foi morto em um bar por dois homens em uma moto.

- 27 de julho — Maria Célia Vaz da Silva, de 44 anos. Ela foi assassinada por um adolescente a mando de Laudênio e Francisca Nádia, por estar ameaçando denunciar integrantes do CV.

- **2 de agosto** — Vítima do sexo masculino não identificada. Inquérito não localizado.

- 6 de agosto — Mulher de 35 anos não identificada. Inquérito não localizado.

- 24 de agosto — Camila Santos da Silva, de 31 anos. Morta enquanto aguardava um carro de aplicativo, com a responsabilidade atribuída a membros do CV.

- 26 de setembro — Homem de 47 anos não identificado. Inquérito não localizado.

Essa sequência de eventos reflete a grave escalada de violência no bairro, impulsionada pela rivalidade entre as facções.



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