O Supremo Tribunal Federal (STF) continua a receber ameaças após o atentado ocorrido na noite de quarta-feira (13), em frente à instituição, na Praça dos Três Poderes, em Brasília. A informação foi confirmada pelo diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, em entrevista coletiva nesta quinta-feira (14).
"O momento é de extrema gravidade. Hoje, houve novo envio de mensagens com ameaças à Suprema Corte", afirmou Rodrigues.
A jornalista Daniela Lima, da GloboNews, teve acesso à íntegra de uma dessas ameaças, enviada por e-mail. No texto, o responsável pelo atentado de bomba de ontem é citado, e é declarado que não haverá descanso até que a Suprema Corte brasileira seja "eliminada". A mensagem foi acompanhada de uma imagem mostrando uma arma de fogo ao lado de livros religiosos e foi enviada à Presidência, à Ouvidoria e à área de Tecnologia da Informação do STF.
Indícios apontam que crime foi premeditado há meses
Durante a coletiva, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, forneceu mais detalhes sobre o caso e afirmou que Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, o homem que se autoexterminou com uma bomba em frente à Estátua da Justiça na noite de quarta-feira, havia premeditado o crime por meses. Além de uma casa alugada em Ceilândia, Brasília, ele também havia alugado um trailer há algum tempo, nas proximidades do STF.